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Saiba quais os benefícios e riscos da bebida
A bebida pode melhorar a concentração, memória e produtividade - mas é preciso ter alguns cuidados ao consumi-la

O café virou companheiro inseparável de quem estuda. Especialistas explicam os limites seguros e os riscos do consumo exagerado. (Foto: Pexels)

Publicado em 10/04/2025

Vai um cafezinho? Se fizer a pergunta no Brasil, provavelmente a pergunta será sim. Segundo o último levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), 44% dos brasileiros consomem a bebida de três a cinco vezes ao dia. Um dos motivos está associado à estratégia para melhorar o desempenho nos estudos, prática comum entre estudantes. A cafeína tem efeitos comprovados sobre o corpo e o cérebro, e muitos acreditam que ela seja um aliado na busca por concentração, memória e produtividade.  

De fato, pesquisas científicas apontam que o consumo moderado de cafeína pode trazer benefícios significativos para a rotina de estudos. De acordo com o artigo A Segurança da Cafeína Ingerida: Uma Revisão Abrangente, a substância aumenta a atenção, energia e sentimento de bem-estar. O conteúdo explica que a cafeína é quimicamente semelhante ao neuromodulador adenosina, que se acumula ao longo do dia e induz sonolência para dormir durante a noite. Por isso, ela consegue se ligar aos receptores de adenosina presentes no cérebro, bloqueando os efeitos da adenosina, permitindo que a dopamina flua mais livremente.  

A ingestão da bebida, porém, não deve ser vista como uma solução milagrosa. Embora a cafeína possa ser útil em momentos de cansaço mental, ela não substitui práticas para o desempenho acadêmico, como uma boa alimentação, qualidade no sono e a prática de exercícios físicos. Para o biólogo Paulo Jubilut, professor e fundador do Aprova Total, “a cafeína pode oferecer um suporte temporário, mas ela não deve ser vista como uma solução permanente para a falta de foco ou disposição". 

Precauções ao consumir café 

Pesquisas indicam que o consumo moderado de cafeína é seguro para a maioria das pessoas. No entanto, se consumida em excesso, a substância pode provocar efeitos colaterais indesejados. "Doses elevadas de cafeína podem resultar em taquicardia, ansiedade, tremores e até insônia", alerta Jubilut.  

Para garantir que o consumo de cafeína seja benéfico, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda um limite diário de 400 mg de cafeína para adultos saudáveis. Isso equivale a duas ou três xícaras de café por dia. Porém, a pesquisa da ABIC revelou que 29% dos brasileiros consomem três ou mais xícaras de café diariamente, ultrapassando essa recomendação. 

Além disso, especialistas sugerem que o café seja evitado após as 16 horas, pois ele pode interferir no sono noturno. Isso acontece porque a cafeína leva, em média, 7 horas para ser metabolizada pela metade, o que significa que seus efeitos podem durar mais tempo do que se imagina. 

Vale lembrar que, além do café, outras bebidas e alimentos como chás, refrigerantes, energéticos, chocolates e alguns medicamentos também contêm cafeína. "É importante controlar o consumo total ao longo do dia para não exceder os limites recomendados", alerta Jubilut. 

 

 

 

Da redação

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