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Neta trava na China e promete aceleração no Brasil
Marca vendeu somente 36 veículos no País no primeiro trimestre

Revendedores da Neta protestam por veículos não entregues, enquanto matriz enfrenta crise severa na China. Mesmo assim, CEO reafirma aposta no mercado brasileiro. (Foto: Divulgação)

Publicado em 15/04/2025

Representantes de parte das cerca de trezentas concessionárias da Neta na China estiveram na segunda-feira, 14, em frente à sede da empresa para protestar contra a montadora, que, segundo eles, não tem entregado veículos já pagos e até negociados com os clientes finais desde meados do segundo semestre do ano passado.

É mais um capítulo de uma crise que só tem se avolumado nas últimas semanas. A startup de veículos elétricos do Grupo Hozon New Energy Automobile — que chegou ao Brasil como Neta Auto no ano passado — vem enfrentando quadro de dificuldades financeiras e praticamente paralisou as operações comerciais na China neste ano, com queda de 98% dos licenciamentos. Em janeiro e fevereiro, a marca negociou somente 487 veículos.

Os revendedores locais mantiveram as operações, apesar de terem quitado veículos que nunca foram entregues e, para isso, tomaram empréstimos que agora se transformaram em ações judiciais

de bancos e clientes. A imprensa chinesa afirma ainda que são vários os relatos de demissões e cortes salariais na Neta, que também não tem saldado dívidas com fornecedores desde meados de 2024.

O AutoIndústria procurou a Neta Auto, que encaminhou nota oficial na qual o próprio CEO da Hozon New Energy, Fang Yunzhou, reafirma continuidade dos planos traçados para o Brasil e pretende “dar segurança para os concessionários já nomeados”.

“Em primeiro lugar, admitimos o período de reformas da matriz da Neta e ajustes organizacionais importantes. Estamos próximos de anunciar que a Neta conta com novos investimentos e está no caminho da recuperação passo a passo”, afirma o executivo, que acrescenta que o Brasil seguirá como prioridade das ações internacionais da marca.

Yunzhou reitera o cronograma de deter 30 concessionárias no Brasil em 2025 e de constituição de 20 centros de atendimento aos clientes em 13 estados, os primeiros já abertos no primeiro trimestre.

“Não há razão para desistir do mercado brasileiro. Vale lembrar que a empresa tem cerca de 49% de ações estatais, ou seja, a Neta existirá por muito tempo”. (Fang Yunzhou)

A Neta oficializou sua vinda para o Brasil em maio de 2024, com o início das vendas inicialmente previsto para setembro e que, de fato, ocorreu em novembro. E bem mais: afirmou que produzirá seus carros aqui a partir de 2026.

A montadora, que diz ter negociados perto de 400 mil veículos no mercado chinês desde sua fundação, em 2016, já está presente comercialmente em 29 países.

No Brasil, negocia, por enquanto, somente os elétricos Aya e X. No primeiro trimestre, foram 36 unidades vendidas nas pioneiras lojas abertas em shoppings de cinco estados no fim do ano passado e na primeira concessionária, de fato, inaugurada no Rio de Janeiro, em janeiro.

“O varejo no mercado brasileiro está apenas começando”, afirma o executivo, que lembra também a implementação de ações para negociações diretas de com frotistas.

 

 

Da redação

Fonte: AutoIndústria

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