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5 mulheres que viraram o jogo no mercado cervejeiro
De cientistas a gestoras, conheça as mulheres que estão deixando sua marca no universo das cervejas artesanais

Cinco histórias inspiradoras que mostram como o protagonismo feminino está mudando o cenário das cervejas artesanais no Brasil. (Foto: Freepik)

Publicado em 10/04/2025

Durante muito tempo, o mercado de cervejas artesanais foi associado a um perfil masculino. Seja nos bastidores da produção ou no marketing voltado ao consumidor, as mulheres quase sempre ocuparam espaços secundários. Essa realidade, no entanto, vem mudando com a atuação de profissionais que assumiram o protagonismo em diversas etapas da cadeia produtiva.

No Brasil, as mulheres cervejeiras têm conquistado espaço com conhecimento técnico, gestão de qualidade e novas propostas de sabores, aromas e experiências. Algumas fundaram suas próprias marcas, outras lideram equipes em grandes cervejarias ou compartilham seu conhecimento em cursos e consultorias. Conheça cinco nomes que merecem destaque nesse cenário em transformação.

Amanda Reitenbach

Pesquisadora, cientista e referência na produção de cervejas com insumos brasileiros, Amanda Reitenbach tem um papel importante na conexão entre ciência e inovação dentro do setor. Fundadora do Science of Beer Institute, ela atua com capacitação técnica e já formou centenas de profissionais da área em todo o país.

Com doutorado em Biotecnologia, Amanda tem como foco o desenvolvimento de produtos que valorizem a biodiversidade local, incentivando o uso de ingredientes nativos em receitas autorais. Seu trabalho é reconhecido internacionalmente e sua trajetória mostra como é possível unir rigor técnico e criatividade no universo cervejeiro.

Cilene Saorin

Engenheira de alimentos e mestre cervejeira, Cilene Saorin foi a primeira mulher brasileira a conquistar o título de sommelière de cervejas na Alemanha. Com décadas de experiência, ela participou da implantação de grandes marcas no Brasil e atualmente atua como consultora e palestrante em projetos voltados à qualidade da bebida e ao serviço especializado.

Cilene também é professora e tem um papel relevante na formação de novos profissionais da área. Sua atuação é marcada pelo comprometimento com a excelência e pela defesa da diversidade no setor, tanto em estilos de cerveja quanto em perfis de profissionais que atuam na área.

Alessandra Palmini

Responsável pela criação da cervejaria feminista Dádiva, Alessandra Palmini é uma das figuras mais ativas no movimento que estimula o protagonismo feminino na produção e gestão cervejeira. Desde a fundação da marca, ela investe em receitas ousadas, identidade visual forte e em ações que dialogam com temas sociais.

A cervejaria Dádiva é conhecida por sua proposta colaborativa e por ampliar o olhar sobre o papel das mulheres no setor. Alessandra também participa de festivais, feiras e encontros que incentivam o intercâmbio entre produtoras independentes, ajudando a construir uma rede sólida de apoio e visibilidade.

Bia Amorim

Comunicadora, sommelière e especialista em bebidas artesanais, Bia Amorim atua como ponte entre os produtores e o público consumidor. Sua carreira é marcada por uma abordagem crítica e sensível à cultura da cerveja, valorizando a história, o território e as pessoas envolvidas na produção.

Bia escreve para veículos especializados, participa de júris técnicos e dá palestras sobre temas que envolvem sustentabilidade, consumo consciente e diversidade. Seu olhar vai além do copo: ela busca entender como a cerveja dialoga com a identidade brasileira e com as transformações sociais e econômicas em curso.

Camila Alves

Fundadora da Cervejaria Leuven, em Piracicaba (SP), Camila Alves assumiu a gestão da empresa familiar com foco em modernização e expansão. Sua atuação ajudou a posicionar a marca entre as mais reconhecidas do interior paulista, ampliando a distribuição e investindo em parcerias estratégicas.

Camila tem formação em administração e trabalha para que a Leuven esteja presente tanto nos grandes eventos do setor quanto em experiências locais que valorizam a comunidade. Seu trabalho reflete um novo momento das cervejarias artesanais, que precisam equilibrar qualidade, inovação e viabilidade comercial.

Uma transformação que veio para ficar

O avanço das mulheres no setor cervejeiro brasileiro é um sinal de que a diversidade está gerando impactos reais na qualidade, no conteúdo e nas relações dentro da cadeia produtiva. 

Cada uma dessas profissionais construiu um caminho diferente, mas todas compartilham a coragem de ocupar espaços onde antes sua presença era mínima. Esse ato incentiva outras mulheres a iniciarem no mundo das cervejas, até mesmo mais buscas por cervejeiras no mercado pelo público feminino.  

A presença feminina também tem influenciado o comportamento do consumidor e os formatos de consumo. Novos estilos, propostas mais sustentáveis e ambientes mais inclusivos surgem a partir desse movimento. Ainda há desafios, mas o que antes era exceção agora começa a ganhar mais espaço e reconhecimento.

O mercado cervejeiro está mudando. E parte dessa mudança passa pela força de quem decidiu fazer a diferença, seja na produção, na gestão ou no discurso. Um brinde à transformação que elas estão construindo, fermentando novas ideias e mostrando que há espaço para muito mais dentro do copo.

 

 

 

Da redação

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