Projeto do emissário submarino de Florianópolis será apresentado em Audiência Pública nesta segunda-feira
Publicado em 24/06/2019
A Frente Parlamentar de Saneamento Básico da Câmara de Florianópolis promove nesta segunda-feira (24), às 19h, na Escola Oscar Manoel da Conceição, uma Audiência Pública para discutir o projeto de implantação de um emissário submarino no Campeche. A escola fica localizada na SC-405, S/N, Rio Tavares, ao lado do TIRIO.
No mês de julho será também realizada audiência pública do Instituto de Meio Ambiental (IMA), para levar informações sobre o projeto para a comunidade. A data está sendo confirmada para ampla divulgação. A CASAN ainda conta com o e-mail emissario@casan.com.br para esclarecer dúvidas e agendar reuniões caso moradores tenham interesse.
A obra do Sistema de Disposição Oceânica do Sul da Ilha – o Emissário Sul da Ilha – faz parte do planejamento da CASAN para avançar na cobertura de coleta e tratamento de esgoto em Florianópolis.
O projeto apresentado pela Companhia ao Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) para licenciamento ambiental prevê a implantação de tubulação subterrânea, com comprimento de aproximadamente 5 quilômetros, em um eixo perpendicular à linha da costa, localizado ao norte da Ilha de Campeche.
“Temos um estudo consistente, com sete mil dados coletados nos últimos anos. Medimos correntes, temperaturas, salinidade da água e uma série de condições foram consideradas”, explica o engenheiro químico da CASAN, Alexandre Trevisan, que fará a apresentação desta segunda-feira na escola do Rio Tavares.
Segundo ele, foram também realizados estudos para a definição do melhor ponto de lançamento do efluente (esgoto tratado), e modelagem matemática de dispersão (que mostra como será a assimilação pelo mar), além de levantamento e avaliação de metodologias construtivas.
Os estudos são detalhados no Estudo de Impacto Ambiental e no Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), disponíveis para consulta no site do IMA: www.ima.sc.gov.br/index.php/licenciamento/consulta-eia-rima
“É natural que as pessoas fiquem apreensivas quando ouvem falar em emissário, mas também é importante ter consciência de que a alta densidade e a crescente ocupação da ilha resultam numa grande produção de esgotos que precisa ter uma destinação adequada”, complementa o engenheiro químico.
Trevisan alerta que o emissário é uma alternativa de grande importância para solucionar a disposição final de efluentes tratados em uma cidade como Florianópolis − uma ilha e que possui rios, em sua maioria, de pequeno porte e vazão limitada.
“Os emissários são equipamentos utilizados em diversas cidades do mundo e quando adequadamente planejados e construídos protegem as áreas litorâneas como ambientes frágeis como manguezais e praias, como é o caso de Florianópolis”, complementa.
Saiba Mais:
O que motiva a escolha da tecnologia Emissário Submarino?
- Necessidade de ampliação da cobertura de coleta e tratamento de esgotos em Florianópolis, de acordo com o Plano Municipal de Saneamento;
- Alta densidade e a crescente ocupação da Ilha, que resultam em uma grande produção de esgotos;
- Presença na Ilha de rios que em sua maioria são de pequeno porte e apresentam vazão limitada – então dificultam a diluição de efluentes das estações de tratamento de esgoto;
- Possibilidade de que efluentes tratados sejam lançados no mar, um corpo hídrico com grande capacidade de diluição e de autodepuração;