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O projeto de extensão Patinhas Solidárias, do curso de Medicina Veterinária da UniSul, tem ajudado a levar leveza a pessoas em tratamento de saúde por meio da interação com animais. A iniciativa já promoveu sessões de Terapia Assistida com Animais no Hospital Universitário da UFSC e no programa Reabilitação Multidisciplinar em Amputados (Ramp), realizado no Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (Cefid), da Udesc, em Florianópolis. Nesta quinta-feira, dia 28, o projeto realizará mais uma visita de pet terapia ao Ramp. 

De acordo com o professor Alexandre Hyppolito Barnabe, coordenador do projeto, o Patinhas Solidárias começou suas atividades no primeiro semestre de 2024, oferecendo serviços como consultas, vacinação e castração em comunidades carentes. Com o tempo, a iniciativa expandiu suas ações para incluir atividades terapêuticas. Os estudantes levam seus próprios cachorros para as atividades. São selecionados os mais dóceis e sociáveis. 

“O impacto vai além da técnica: os alunos desenvolvem habilidades em consultas e cirurgias, além de aprenderem a promover o bem-estar e a cidadania”, explica o professor. Não apenas estudantes de Medicina Veterinária, mas também de outros cursos, como Biomedicina, integram o projeto. 

A presença de animais em ambientes terapêuticos traz benefícios comprovados para a saúde mental e física. Durante a primeira visita ao Ramp, a cadelinha Lupe, uma das estrelas do projeto, encantou a todos. Ela foi resgatada pelo estudante de Medicina Veterinária Marcelo Pucurull após um acidente que a deixou com uma perna amputada. "É gratificante ver a alegria das pessoas e perceber o quanto um animalzinho faz diferença no dia a dia delas", afirma Marcelo, que também levou sua outra cachorrinha, Nina, para participar da atividade.

Terapia Assistida com Animais no Hospital Universitário da UFSC e no programa Reabilitação Multidisciplinar em Amputados (Ramp).

Conexão emocional

No Ramp, a primeira sessão de pet terapia foi uma surpresa para os participantes e seus familiares. Segundo a professora Soraia Cristina Tonon da Luz, do Departamento de Fisioterapia da Udesc Cefid, a ação ajuda a fortalecer o vínculo entre os pacientes e os animais, promovendo uma conexão emocional importante no processo de reabilitação. “Os pacientes e suas famílias, muitos dos quais já têm pets, ficaram felizes especialmente ao conhecer a Lupe”, afirmou a professora Soraia.

A vendedora Luceane Muccelin é uma das pessoas atendidas pelo Ramp desde 2023. Cadeirante, ela ama cachorros e tem uma relação forte com os pets. Em casa, a cachorrinha dela de 10 anos a ajuda com os exercícios de fisioterapia com a bola. “Achei uma ótima ideia esse contato com os cachorros no projeto, pois eles trazem algo de muito positivo. Para mim, minhas cachorrinhas são mais que um pet. Elas são minha alegria", afirma.  

Além de aliviar o estresse e promover momentos de descontração, a terapia com animais também traz benefícios para a formação dos estudantes. Beatriz Rech Rosa, do curso de Medicina Veterinária da UniSul, conta que a visita ao HU superou suas expectativas. Ela e o cãozinho Biju percorreram desde a ala pediátrica até a ala adulta, onde havia pacientes internados há bastante tempo. “Me impressionou o quanto os adultos ficaram emocionados. Nenhum paciente resistiu aos cachorrinhos, nem mesmo os enfermeiros e médicos. Para nossa formação, participar de trabalhos como esse é muito importante. No dia a dia da profissão, lidaremos não só com os animais, mas também com os tutores e suas diferentes realidades. A interação é bilateral e é importante lembrarmos disso", afirma Beatriz.  

Para Mariah Machado França, estudante de Biomedicina, a experiência proporciona um crescimento pessoal e profissional. Ela resolveu participar do Patinhas Solidárias por gostar de animais, mas conseguiu ver diferença em estar em uma atividade com acadêmicos de outros cursos. 

Da redação

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