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Como comprar autopeças com segurança?
Escolher a peça errada pode gerar prejuízos irreparáveis para reparadores e motoristas

Peças automotivas falsificadas são uma ameaça à sua segurança. Saiba como identificá-las antes de comprar. (Foto: Divulgação)

Publicado em 26/11/2024

A compra de autopeças pode parecer uma atividade banal, mas exige conhecimento e experiência de quem o faz. Ela é importante para a performance, durabilidade e segurança dos veículos reparados. Por isso, uma escolha equivocada ou realizada sem as devidas verificações pode trazer uma série de problemas, para reparadores e motoristas. Elas vão desde a impossibilidade de execução de um serviço, até falhas mecânicas graves, trazendo prejuízos que, muitas vezes, não podem ser recuperados. O especialista da TAKAO, Marlon Silva, apresenta alguns dos principais fatores de risco na hora da compra e explica o que fazer para se prevenir.

A chegada do e-commerce facilitou a aquisição de autopeças, por meio de sites e aplicativos de vendas, que oferecem todo o tipo de produto automotivo. Dessa forma, se tornou muito fácil adquirir um novo componente, bastando selecionar o produto e realizar o pagamento. No entanto, diferente de um bem de consumo, uma autopeça é um item técnico, que desempenha uma função específica e que por isso, exige um conhecimento prévio de quem a estiver comprando: “Trata-se de uma compra técnica. É necessário que a escolha siga uma série de procedimentos que garantam que a compatibilidade do produto com o veículo”, ressalta Marlon Silva.

Entre eles, o especialista alerta para diferenças em um mesmo modelo de um veículo, que podem trazer configurações distintas, com uso de componentes diferentes entre si. Variações como o ano de fabricação, motorização, tipos de versões, séries especiais, entre outras, podem trazer especificações distintas, mesmo que visualmente sejam semelhantes. “Numa atualização, mesmo que aparentemente tímida, uma montadora pode realizar mudanças na motorização de um veículo, substituindo um dispositivo por outro, com uma nova configuração. Nesse caso, se o reparador não estiver atento, pode adquirir a peça destinada a uma outra versão, que não servirá no carro do cliente”.

Para evitar esse risco, Marlon recomenda que se cheque as especificações técnicas do veículo e da peça, por meio dos manuais do fabricante, identificando o código da peça e utilizando-o para identificar o produto correto na hora da compra. A busca será ainda mais eficiente se o comprador verificar os dados no catálogo do fornecedor do componente, garantindo a aquisição exata para o veículo reparado.

Outra questão importante em qualquer compra é a garantia oferecida pelo fornecedor. Todas as marcas devidamente homologadas oferecem garantia contra defeitos de fabricação. Por lei, o período mínimo é de 90 dias para defeitos de fabricação. Esse prazo pode ser maior, dependendo da política de cada marca. Recomenda-se checar essas informações junto ao fornecedor no momento da compra. É importante ressaltar que a garantia não cobre problemas causados por erros na aplicação do produto. Daí, a importância de se identificar corretamente a destinação da peça.

Por fim, o profissional ressalta a oferta de componentes não certificados no mercado, vendidos muitas vezes em valores muito abaixo aos praticados no mercado. Essas autopeças são vendidas como originais de fábrica, ostentando marcas consagradas que, na verdade, são falsificações ou, nos melhores dos casos, importações não oficiais. “Para que um componente automotivo esteja apto para ser comercializado, ele precisa receber a certificação do Inmetro, atestando sua qualidade e segurança. Sem isso, significa que o produto não foi devidamente testado e não oferece a garantia esperada”. Mesmo assim, ele reconhece que é muito fácil encontrar uma infinidade de dispositivos sendo comercializados, fora dos padrões. Se o consumidor não se sentir seguro, Marlon recomenda contatar os canais oficiais do fabricante ou fornecedor e checar as informações apresentadas nas ofertas.

 

 

Da redação

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