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População acredita que 2017 será melhor do que 2016, aponta estudo

(Foto: Divulgação)

Publicado em 21/02/2017

A percepção da população brasileira é de que o país está entre o meio e o fim da crise. É o que indica 55% da população, de acordo com uma pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência. Entretanto, ainda há 41% que acreditam que é só o começo da crise.

A pesquisa mostra também que o brasileiro está otimista com 2017: quase metade da população (45%) considera que este ano será melhor do que 2016.

Mas apesar do otimismo, a população está insatisfeita com a economia do país. Em janeiro, 60% dos brasileiros não estavam nada satisfeitos com o funcionamento da economia no país, percentual levemente acima dos 56% verificados em julho de 2015.

“A pesquisa mostra que em um ano no qual as pessoas estão muito indignadas e desconfortáveis com tantas notícias sobre corrupção, parece haver uma necessidade de resgatar valores primários como honestidade e sinceridade. Em ano de falência das instituições, a solidariedade também se tornou necessária e valorizada”, diz Marcia Akinaga, diretora de quali+inovação do IBOPE Inteligência.

O otimismo com 2017 não foi suficiente para salvar as últimas compras de 2016. Azar do Natal. De acordo com a pesquisa, apenas 33% da população comprou presentes nesta data, a mais importante para o varejo brasileiro. Entre os consumidores das classes A e B, só metade comprou algum presente.

O estudo revela ainda que mesmo quem gastou com presentes, comprou um número menor no último Natal, com redução de consumo principalmente nas classes mais baixas.

“Para aqueles que presentearam alguém, foi um momento de mudanças. Novamente, foi o Natal da lembrancinha”, diz Márcia Sola, diretora da unidade de shopping, varejo e imobiliário do IBOPE Inteligência. “Os presentes foram mais funcionais e utilitários, como toalhas de mesa e banho, sapatos, sandálias, e houve bastante pesquisa de preço”, conclui.

O brasileiro tentou se adaptar à crise neste Natal e buscou outras opções para não se endividar mais. Parcelar a compra foi a estratégia utilizada por alguns. Porém, quem parcelou, comprometeu seu orçamento até maio de 2017.

De acordo com os resultados da comunidade online realizada em parceria envolvendo o IBOPE Inteligência, CONECTA e FocusVision, a decoração de Natal nos espaços públicos também refletiu a crise, com decorações escassas ou até canceladas. Inclusive nos shoppings, a percepção do brasileiro foi a de que a decoração ficou mais simples e inferior aos anos anteriores. “Muitos shoppings fizeram as mesmas ações promocionais de sempre. Mais do mesmo. Perderam uma boa oportunidade de se diferenciarem e gerarem mais mobilização”, diz Márcia Sola, diretora da unidade de shopping, varejo e imobiliário do IBOPE Inteligência.

O mesmo aconteceu com as marcas, que focaram na tradição natalina e não se diferenciaram, perdendo oportunidades. “As marcas perderam a chance de se associarem aos shoppings para fazerem ações promocionais. Era uma boa oportunidade de parceria em um local onde ainda é possível resgatar o clima natalino, tão ausente nos espaços públicos, ou então de oferecerem experiências natalinas em um momento no qual o consumidor estava com dificuldade de se conectar ao Natal”, conclui Márcia Sola.

 

Da Redação