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Secretaria de Saúde esclarece quais são os problemas mais comuns encontrados pela população nos centros de saúde do município em razão da crise financeira e das dívidas herdadas da administração passada.

- Alguns centros de saúde estão com as equipes incompletas e não consigo atendimento médico com rapidez. O que está acontecendo?

No mês de março, 24 médicos da Atenção Primária estão afastados por atestados, licenças médicas, férias ou exoneração. Atualmente, a rede de Atenção Primária de Florianópolis tem 140 equipes de saúde da família. Em média, 10% do quadro entram em férias mensalmente.

Florianópolis mantém, mesmo com as exonerações e situações pontuais de férias e licenças, uma cobertura populacional de cerca de 95%, de acordo com os parâmetros apontados pelo Ministério da Saúde. Nenhum outro município do mesmo porte apresenta situação semelhante.

Nos casos de férias e licenças, há o remanejamento das escalas para que os casos prioritários ou urgentes sejam atendidos por outras equipes do mesmo centro de saúde ou da unidade mais próxima. Como o município atingiu o limite prudencial de despesas com pessoal, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, por enquanto não há possibilidade de chamada de profissionais concursados.

- Precisei pegar medicamentos na farmácia do centro de saúde, mas fui informado de que estão em falta. O que devo fazer?

A atual administração herdou uma dívida com os fornecedores de medicamentos, o que ocasionou a interrupção no fornecimento neste início de ano. Além disso, o Governo do Estado atrasou por seis meses, até agora, o repasse de recursos para a Assistência Farmacêutica – que representa quase 30% do custeio total do município com remédios. Todos os contratos estão sendo renegociados e os empenhos começaram a ser liberados. Até o fim de março a situação começa a ser regularizada.

A recomendação é que os pacientes de medicamentos controlados e de uso contínuo procurem as equipes de Saúde da Família para que sejam avaliadas as alternativas para a continuidade do tratamento, até que os medicamentos voltem a ser distribuídos. Uma opção temporária é procurar as farmácias populares no município.

- Há muitos procedimentos que não estão sendo feitos no centro de saúde por causa do lixo, que não é recolhido há muito tempo. O que está acontecendo?

O contrato com a empresa que fazia o recolhimento do lixo nas unidades expirou no ano passado. A Secretaria de Saúde está fazendo a renovação em caráter emergencial, mas aguarda os trâmites legais para regularizar a situação. Enquanto isso não acontece, a Comcap irá realizar o trabalho, com calendário que inicia nesta sexta-feira (10).

- Procurei o centro de saúde para vacinação, mas disseram que está em falta. Por quê?

Não há falta de vacinas nos estoques da Secretaria de Saúde de Florianópolis. A greve dos servidores prejudicou o cronograma de abastecimento das unidades, mas até o fim desta semana todas estarão com os estoques renovados e a distribuição regularizada.

- Está muito calor e o centro de saúde está com problemas nos aparelhos de ar condicionado. Além disso, faltam alguns materiais para curativos, exames e outros procedimentos. Quando voltará tudo ao normal?

Devido à crise financeira da Administração Municipal, todos os contratos da Secretaria de Saúde, assim como demais setores, com terceirizados e prestadores de serviço, estão sendo analisados e renegociados para que os pagamentos sejam regularizados e para que os custos sejam reduzidos, sem prejuízo à qualidade do atendimento à população. A situação começa a ser regularizada nas próximas semanas.

 

Da Redação