Robô incentiva estudantes a desenvolverem concentração mental
Atividade propõe experiência de autoconhecimento e discussão sobre uso excessivo e dependência de meios digitais
Utilizando um robô com sensor de ondas cerebrais, o professor de história Felipe Salvador Weissheimer encontrou um jeito diferente de trabalhar o desenvolvimento da concentração mental e a atenção plena entre os estudantes da Escola Básica Municipal Maria Conceição Nunes, no bairro Rio Vermelho, em Florianópolis.
Durante a atividade, que ocorre uma vez por semana nas aulas de história, os jovens ganham uma experiência de autoconhecimento e discutem o uso excessivo dos celulares e a dependência psicológica em relação ao mundo digital atualmente.
“A aprendizagem individual e a memorização dos conteúdos trabalhados em sala de aula depende da habilidade de concentração. Dessa forma, o sensor de ondas cerebrais tornou-se um grande aliado neste projeto de ensino, pois mostra na prática, e em tempo real, a atividade cerebral dos estudantes”, disse o professor. A ideia é que todos os 120 matriculados no 8º ano matutino da escola utilizem o equipamento até o final do ano.
Izadora (na foto acima), de 14 anos, da turma 81, já teve a oportunidade de controlar o robô, e afirmou ter sido uma experiência única. “Você só percebe como é quando você concentra usando (o robô). Teve até uma hora que eu “alucinei” de tanta concentração! Mas a experiência foi muito legal e divertida. É difícil você acreditar que é você que está deixando o robô parado, mas no final é bem tranquilo”.
Como funciona o robô
O sensor de ondas cerebrais (eletroencefalograma educacional) é um dispositivo que fica enfaixado na cabeça do estudante e conectado a um robô em formato de aranha, que responde aos comandos do “mestre”, conforme seu grau de concentração. Dessa forma, quando o estudante está distraído, o robô aranha anda; já quando está concentrado, o robô para. “Embora o desafio seja manter a máquina parada, o grande ganho está na experiência, pois os estudantes conseguem perceber, na prática, o funcionamento dos seus cérebros”, explicou Felipe Salvador.
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O professor também relatou que, após a interação com o robô, a concentração dos adolescentes em sala de aula, o engajamento nas atividades escolares e a relação entre educador e educandos melhoraram significativamente.
Luca, de 14 anos, é estudante da turma 80 e disse ter tido uma grande experiência. “O sensor cerebral (robô-aranha) é super importante e muito educativo, pois aprendemos que precisamos ter foco, concentração e disciplina em tudo que fazemos, até apagar uma simples luz em um robô. Foi uma experiência emocionante”.
“Este é um projeto que demonstra como a tecnologia, se bem utilizada, pode ser uma grande parceira da Educação, até mesmo em temas como a inteligência emocional. Toda escola só tende a ganhar!”, concluiu o professor.
Da redação
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