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Revezamento Volta à Ilha: Conheça os segredos dos 18 trechos que compõem os 140 km da prova

Maior evento do gênero na América Latina chega a sua 23ª edição desvendando todos os encantos da Ilha da Magia, como a Praia do Forte (Foto: Foco Radical)

Publicado em 03/04/2018

No próximo sábado (7), Floripa sedia pelo 23º ano consecutivo o Revezamento Volta à Ilha, maior evento do gênero da América Latina. É uma corrida que literalmente dá a volta inteira ao redor da nossa Ilha de Santa Catarina. A prova tem inscritos quatro mil corredores divididos em centenas de equipes que percorrerão nada menos que 140km divididos em 18 trechos.

Os trajetos são bastante diferentes uns dos outros demandando técnicas e desempenhos variados dentro de cada equipe. Os corredores enfrentarão praias de areia fofa, trilhas, asfalto, subidas íngremes, dunas, estradas de terra, mas também encontrarão belezas naturais diversas e paisagens de encher os olhos que fazem toda a dificuldade passar (quase) despercebida. Para algumas equipes, o maior desafio é conseguir terminar a prova no menor tempo possível, para competir mesmo, enquanto para outras conseguir finalizar já é uma grande vitória.
 
Quer conhecer um pouco melhor cada trecho da Volta à Ilha? 

01  Saída – Av. Beira Mar Norte (Trapiche) – Com 7,2 km, o primeiro trecho da Volta à Ilha sai da tradicional Avenida Beira-Mar Norte, em frente ao Trapiche, em direção ao bairro João Paulo com toda distância sendo percorrida no asfalto. Um trecho considerado fácil.

Trecho 1 - Beira-Mar - Foto: Christian Mendes/Foco Radical
 
02 – Bairro João Paulo – Praça Dr. Fausto L.S. Brasil – Mais um trecho de nível fácil, a segunda etapa do revezamento consiste em 4km de asfalto até a chegada na Rodovia SC-401, no Office Park.
 
03 – Rod. SC 401 – Office Park – Aqui as coisas começam a complicar um pouco mais. Os atletas percorrem 8,3km em um trecho de asfalto considerado difícil passando pelo Cacupé até chegar à Santo Antônio de Lisboa.
 
04 – Santo Antônio da Lisboa (Praça) – Um dos trechos mais peculiares do Revezamento Volta à Ilha, por aqui os corredores percorrem a famosa via gastronômica de Santo Antônio de Lisboa indo até o pontal do Sambaqui, onde ocorre a travessia de banana boat até a praia da Daniela. Até lá, são 5,1km e depois mais 2,9km pela belíssima praia somando 8km em um trecho de nível moderado.


Trecho 4 - Santo Antônio de Lisboa - Foto: Foco Radical



Trecho 4 - Pontal do Sambaqui - Foto: Foco Radical 

05 – Praia da Daniela – Mais um percurso de trecho moderado, a quinta etapa segue pelo final da Praia da Daniela passando por uma trilha de 800m até a Praia do Forte. De lá os atletas seguem até o final, onde acessam mais uma trilha de 200m até o Forte de São José, passando pelas Praias de Jurerê Internacional eJurerê Tradicional. 5,1km de trilhas e praias.
 

Trecho 5 - Praia do Forte - Foto: Foco Radical
 
06 – Jurerê Tradicional (fim da praia) – Chegando ao final de Jurerê Tradicional os atletas que percorrerem o sexto trecho seguem em direção à Praia de Canajurê, passando na sequencia por Canasvieiras até chegar a Cachoeira do Bom Jesus. Mais um percurso moderado, com 5,3km de praia.
 
07 – Cachoeira do Bom Jesus – Aqui o bicho pega! Considerado pela organização como muito, mas muito difícil o sétimo trecho da Volta à Ilha tem 10,4km, sendo que os sete primeiros passam por Ponta das Canas e Lagoinha até a chegada da trilha. De lá, são 3km de subida bem forte, especialmente no início, até a chegada na Praia Brava.

Trecho 7 - Trilha da Lagoinha para Praia Brava - Foto: Gabriel Heusi/Heusi Action
 
08 – Praia Brava – Não se deixe enganar pela quilometragem. Os 5,2km do trecho oito são considerados difíceis de atravessar. São 800m de praia, mais 1,8km de trilha com uma descida repleta de pedras. De lá o corredor ingressa na Praia dos Ingleses até chegar ao posto de controle.

Trecho 8 - Final da Praia Brava - Foto: Gabriel Heusi/Heusi Action
 
09 – Praia dos Ingleses – Hora de respirar um pouco. O trecho nove contempla 4,7km entre a Praia dos Ingleses até o Santinho sendo considerado fácil pela organização.

Trecho 9 - Percurso entre Ingleses e Santinho - Foto: Green Multimídia

10 – Praia do Santinho – Posto Guarda-vidas – Respirou fundo? Então tome fôlego, pois aqui a coisa começa a esquentar de novo! Trilha, areia, passando pelas Dunas do Santinho, mais um trilha de areia chegando na Estrada da Praia do Moçambique formam os 8,4km do décimo trecho da Volta à Ilha.


Trecho 10 - Dunas do Santinho - Foto: Gabriel Heusi/Heusi Action
 
11 – Praia do Moçambique – Apesar de ser “apenas” 5,7km, essa parte do revezamento é considerada muito difícil devido a areia fofa até a chegada na Barra da Lagoa.



Trecho 11 - Praia do Moçambique - Foto: Gabriel Heusi/Heusi Action
 
12 – Barra da Lagoa – Cidade da Barra – Hora de sair da Barra da Lagoa e seguir até a Joaquina. Porém, para quem conhece os 8,1km entre as duas praias sabe que é preciso enfrentar alguns morros, especialmente os da Praia Mole. Apesar de ser em asfalto, esse é um trecho que exige muito dos atletas, principalmente porque costuma ocorrer no meio do dia, quando o sol está mais quente.
 
13 – Praia da Joaquina –
Mais 4,9km de trecho de praia até chegar ao Novo Campeche.
 
14 – Praia do Novo Campeche – Considerado muito difícil, o 14º trecho segue pela Praia do Campeche, passando pelo Morro das Pedras até chegar a Praia da Armação. São 7,7km entre areia e asfalto.

Trecho 14 - Morro das Pedras - Foto: Green Multimídia

 15 – Praia da Armação (perto da Lagoa do Peri) – Aqui você começa com 1,2km de areia muito fofa, depois segue pelo aterro junto à praia, segue por um trecho de asfalto até chegar a Praia do Pântano do Sul. De lá mais alguns quilômetros até chegar a Praia dos Açores completado 9,3km.
 
16 – Praia dos Açores/Morro do Sertão – O mais difícil! Essa é a definição para o trecho da Praia dos Açores/Morro do Sertão, conhecido pelos participantes também como “Morro Maldito”. São 16,4km com direito a subida e descida bem íngremes, trechos de asfalto, trilha em barro e tudo mais que você possa imaginar, passando inclusive pelas casas coloniais do Ribeirão da Ilha. Para encarar esse trecho o atleta deve estar bem preparado, pois ele exige demais do condicionamento físico

Trecho 16 - Morro do Sertão - Foto: Green Multimídia
 
17 – Tapera – Fazenda da Ressacada –
Acho que ia ficar fácil? Depois do Sertão tem mais 15,2km passando pela Base Aérea, Trevo da Ressacada, Trevo da Seta até chegar a Via Expressa Sul onde acontece a última troca da prova.
 
18 – Via Expressa Sul – Saco dos Limões – 6,1km de asfalto e dificuldade baixa para fechar a prova. Por aqui o atleta passa pela Passarela Nego Quirido e Centro Sul. Quando a Ponte Hercílio Luz aparece é hora de toda equipe se reunir para cruzarem juntos a linha de chegada novamente na Avenida Beira-Mar Norte.
 
Sobre o Revezamento Volta à Ilha:

Idealizada no ano de 1996 pela Eco Floripa, a Volta à Ilha se caracteriza por ser uma prova de revezamento que desafia as equipes a dar uma volta completa correndo na Ilha de Santa Catarina, capital do Estado. A prova é dividida em 18 trechos que desafiam os atletas em 140 km de praias, asfalto, dunas e trilhas. As equipes são formadas por dois, oito ou até doze atletas e competem em 9 categorias: Duplas, Aberta, Aberta Mista, Feminina, Veteranas 40, 50, 60 anos, Veterana mista e Participação.

Além da participação no asfalto, dunas, trilhas e praias, o sucesso no Revezamento Volta à Ilha requer também um grande trabalho em equipe. Ainda, a prova conta com o acolhedor público da capital catarinense, que vai aos principais pontos da corrida para incentivar os competidores. Todos esses elementos fazem do Revezamento Volta à Ilha a principal competição do gênero na América Latina.

O evento que começou com dezenas de atletas hoje recebe aproximadamente 4.000 atletas de 14 estados brasileiros e do Mundo. Em 2015, o Revezamento Volta à Ilha completou seu 20º aniversário, consolidando-se no cenário nacional e internacional e agora, para sua 23ª edição a expectativa e ansiedade dos atletas permanece a mesma. A prova se consagrou pela qualidade e pelo profissionalismo da Eco Floripa, que a cada ano se responsabiliza por realizar um evento cada vez melhor e inesquecível.

 

 

Da Redação