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Conheça o inimigo invisível que rouba tempo e autonomia
Cerca de 200 mil brasileiros convivem com a Doença de Parkinson, condição que compromete autonomia e saúde emocional

Causada por alterações neurológicas progressivas, a Doença de Parkinson representa um desafio crescente à longevidade no Brasil. (Foto: Freepik)

Publicado em 27/04/2025

Os números do Ministério da Saúde revelam uma realidade preocupante no Brasil, estima-se que cerca de 200 mil pessoas convivam com a Doença de Parkinson. Essa condição neurodegenerativa progressiva vai muito além dos tremores característicos, impactando profundamente a qualidade de vida e, consequentemente, a longevidade dos indivíduos afetados.

Sintomas 

O médico Dr. Alander Sobreira, neurocirurgião da Rede Oto, destaca que a progressão do Parkinson acarreta uma série de desafios diários. “O tremor, a rigidez muscular, a lentidão dos movimentos (bradicinesia) e a instabilidade postural dificultam tarefas simples como vestir-se, alimentar-se e caminhar, comprometendo a autonomia e a independência dos pacientes”. 

O especialista afirma que: "além dos sintomas motores, a doença frequentemente se manifesta por meio de alterações no sono, depressão, ansiedade, fadiga e problemas cognitivos, impactando a saúde mental e o bem-estar emocional". Essa complexidade de sintomas contribui para o isolamento social, aumento do risco de quedas e outras complicações que podem encurtar a expectativa de vida.

Diagnóstico

O diagnóstico precoce da Doença de Parkinson é crucial para otimizar o tratamento e melhorar a qualidade de vida do paciente. “Embora não haja cura, intervenções multidisciplinares — incluindo medicamentos, fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e, em casos selecionados, o tratamento cirúrgico, como a estimulação cerebral profunda — podem ajudar significativamente a controlar os sintomas e retardar a progressão da doença”, enfatiza Alander.

Prevenção

Embora a causa exata do Parkinson ainda seja desconhecida, algumas medidas podem ser adotadas para promover a saúde cerebral e potencialmente reduzir o risco. “A prática regular de atividade física, uma dieta rica em antioxidantes e a manutenção de hábitos de vida saudáveis são importantes para a saúde neurológica em geral. Além disso, evitar a exposição a pesticidas e outros neurotóxicos tem sido associado a um menor risco de desenvolver a doença”, explica o neurocirurgião.

É fundamental que a sociedade, o sistema de saúde e os órgãos governamentais unam esforços para oferecer suporte abrangente aos pacientes com Parkinson e seus familiares. Isso inclui o acesso facilitado ao diagnóstico precoce, tratamento multidisciplinar de qualidade e programas de apoio psicossocial. A conscientização sobre a doença e a desmistificação dos seus sintomas também são passos importantes para reduzir o estigma e promover a inclusão social.

Para o Dr. Alander, investir em pesquisa científica para entender melhor essa condição, desenvolver novas terapias e, quem sabe, encontrar a cura, é uma prioridade que não pode ser negligenciada. “Ao abordarmos a Doença de Parkinson com informação, cuidado e ação, podemos oferecer uma perspectiva de vida mais longa e com mais qualidade para milhares de brasileiros”, conclui. 

 

 

 

Da redação

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