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Comcap destaca avanços na destinação dos resíduos orgânicos produzidos em Florianópolis

(foto/divulgação: Arquivo pessoal Sérgio Machado Araújo)

Publicado em 10/06/2016

O presidente da Companhia Melhoramentos da Capital, Marius Bagnati, registra grande avanço no tratamento descentralizado de resíduos orgânicos e na agricultura urbana em Florianópolis. No início de junho de 2015, lembra Bagnati, foi realizado o primeiro seminário sobre resíduos orgânicos na CDL. De lá pra cá, foi criada e consolidada a Feira de Orgânicos Viva a Cidade, iniciada a certificação de produtores orgânicos na Ilha de Santa Catarina, implantadas ou planejadas cinco hortas comunitárias.

“O objetivo da Comcap, além de promover a conscientização sobre consumo de alimentos saudáveis, livres de agrotóxicos, é estimular as pessoas a separar os resíduos orgânicos para produzir o composto que pode ser usado em hortas e jardins”, aponta Bagnati. Hoje são coletadas pela Comcap e aterradas em Biguaçu mais de 60 mil toneladas de resíduos úmidos, como restos de comida e podas, a cada ano. Praticamente metade do total produzido. Boa parte desse material pode ser aproveitada, com a separação na fonte, para compostagem, diminuindo os custos da cidade com coleta, transporte e aterro sanitário.

Separando os resíduos orgânicos e os recicláveis secos recolhidos pela coleta seletiva da Comcap, sobrariam para encaminhar ao aterro sanitário apenas os rejeitos, em torno de 20% de tudo que é produzido hoje em Florianópolis.

Vitrine da Feira de Orgânicos

Com a vitrine da Feira de Orgânicos, várias ações e parcerias têm sido articuladas em Florianópolis e região metropolitana. “Equacionar o encaminhamento dos orgânicos é resolver metade do problema do lixo. Um grande passo, bem apropriado às altas metas da Política Nacional de Resíduos Sólidos”, afirma o presidente da Comcap. O movimento Floripa Composta, por exemplo, estima que mais de 800 toneladas de resíduos orgânicos por mês já estejam sendo desviadas do aterro na soma das iniciativas públicas, privadas e colaborativas na região.

Esses indicadores ainda não são verificados e, por isso, o percentual devalorização de resíduos da Capital em relação ao total recolhido é de 7%. Ainda assim, entre os melhores desempenhos do Brasil.

Da redação