Dez mitos na academia que precisam ser revistos
Quem costuma se exercitar com regularidade em uma academia certamente já ouviu muitas verdades absolutas, ditas por outros praticantes, que não passam de mitos, ou seja, não correspondem à realidade. Diretora da Academia Better You, localizada no Centro de Florianópolis, Suzana Dallanhol, e a professora de pilates Patrícia Achcar, desfazem alguns desses mitos na lista abaixo:
1- Emagrecimento na esteira – Um dos erros que se deve evitar na academia é achar que se consegue emagrecer rapidamente fazendo uma hora de esteira todos os dias. O exercício aeróbico, para ser sustentado, deve ser realizado em intensidades baixas-moderadas, o que não o torna o mais eficiente para queima de gordura. São necessários, também, exercícios de força, que modificam o metabolismo e auxiliam no maior gasto calórico.
2- Quantidade de peso – Na musculação, muitas vezes os alunos querem obter resultado mais imediato abusando no peso dos exercícios. Uma maior quantidade de carga pode favorecer o surgimento de lesões, caso os exercícios não sejam feitos com a técnica e a orientação adequadas, e todo o trabalho que se teve pode ser perdido.
3- Alongamentos – O alongamento é importante, pois se não for estimulada a flexibilidade, ocorre uma perda na amplitude articular e, assim, compensações de postura surgirão. Para se ter maior saúde nas articulações, mais qualidade e resultados nos exercícios físicos, é importante estabelecer uma rotina de alongamentos com orientação.
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4- Volume e intensidade - São referências inversamente proporcionais no que diz respeito ao exercício. Usando uma comparação do atletismo, não adianta a um maratonista largar como se fosse correr 100 metros. Com a técnica adequada, pode-se obter maiores ganhos com um volume menor e uma intensidade maior.
5- Mulheres e musculação – Há um preconceito com relação à musculação para mulheres. Os músculos ficam mais definidos, mas não ganham volume. Nos primeiros três meses de musculação, há um discreto aumento de massa corporal, mas depois desse período o metabolismo normaliza. Há o fator hormonal a ser levado em consideração, pois as mulheres produzem 10 vezes menos testosterona que os homens com a musculação.
6- Yoga e musculação – Há também o mito de que se a pessoa fizer musculação não conseguirá praticar o yoga porque os músculos encurtam. Na verdade, indivíduos que não alongam, seja fazendo exercício físico ou não, irão ficar encurtados. O treinamento de força não faz ninguém ficar com menos mobilidade. O problema é não trabalhar a flexibilidade. Então, para aqueles que fazem musculação, mas fogem do alongamento, o yoga se torna até atividade complementar. Inclusive, a prática do yoga contribui na definição da musculatura por que muitos exercícios são isométricos e estimulam uma musculatura mais firme.
7- Exercício e sono – A prática de exercícios, principalmente no final da noite, pode ou não alterar o sono das pessoas, dependendo do metabolismo de cada um. Há pessoas que treinam até tarde da noite e voltam para casa depois de um bom banho e caem logo no sono. Outros ficam despertos um bom tempo ainda. O importante é que sono (o ideal, de seis a oito horas) libera o hormônio GH, que auxilia no ganho de musculatura.
8- Tempo de treinamento – O mito de que se deve permanecer no mínimo duas horas na academia para se obter ganhos físicos é parte do passado. Hoje em dia, com as técnicas adequadas e sob monitoramento de bons professores, pode-se fazer um treino muito bem feito de 30 minutos e se obter ótimos resultados.
9- Idade mínima – Profissionais, tanto da medicina quanto da educação física, afirmam que não existe idade para começar uma atividade física, desde que seja praticada com moderação e sob a orientação de pessoas qualificadas. Os riscos de um treinamento de força bem orientado e individualizado são praticamente nulos e os benefícios são diversos: maturação, crescimento, ossos e músculos têm muitos estudos com resultados positivos!
10 – Atividade física e gestação – Apesar de não haver literatura base para prescrição, existem diversos benefícios do exercício físico durante e após o parto, incluindo o bebê. Estatisticamente, mulheres gestantes ativas tem menor chance de aborto, malformações placentárias e anomalias congênitas comparadas a sedentários e os recém-nascidos mais alertas e menos irritados.
Da Redação