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Campeche: Ligações de esgoto clandestinas serão fiscalizadas nesta segunda, 12

O trabalho tem o objetivo de identificar e lacrar ligações irregulares de imóveis à rede de coleta que foi assentada no bairro, mas ainda não está em operação (Foto: Reprodução)

Publicado em 09/12/2016

Nesta segunda-feira, 12/12, a Casabn realiza uma ação de fiscalização às ligações clandestinas de esgotos no Campeche, no Sul da Ilha. O trabalho tem o objetivo de identificar e lacrar ligações irregulares de imóveis à rede de coleta que foi assentada no bairro, mas ainda não está em operação. Além de ilegal, a infração causa mau cheiro e extravasamento do esgoto nas vias públicas, já que as redes não estão preparadas para receber os efluentes.

O trabalho terá início às 9h e vai abranger a Avenida Campeche, Rua Pequeno Príncipe, Rua do Gramal, Jardim dos Eucaliptos/Rua dos Eucaliptos, Recanto do Beija-Flor, Rua João Batista Pires e Servidão Canto do Tucano. Segundo a assessoria da Casan, as ações serão concentradas naqueles trechos a montante de onde foram detectados problemas de mau cheiro e extravasamento, para otimizar o trabalho das equipes. “Vamos abrir as caixas de inspeção e verificar de onde vem o esgoto clandestino. No momento em que uma situação desse tipo for identificada, vamos notificar o infrator e lacrar a saída clandestina de esgoto para a rede pública”, explica o engenheiro Sanitarista e Ambiental Francisco Pimentel, chefe do Setor Operacional de Esgotos da Casan em Florianópolis.

De acordo com ele, o mesmo trabalho foi realizado na semana passada no Itacorubi, quando foram identificadas e lacradas nove ligações irregulares. Em paralelo à fiscalização e aos lacres, profissionais da Companhia se colocam à disposição de moradores para prestar informações, sanar dúvidas técnicas e orientar sobre a impossibilidade de ligar os imóveis à rede implantada no bairro, que ainda não está pronta para operar. 

A vistoria tem respaldo da Resolução 046 da agência reguladora ARESC, que permite à CASAN aplicar sanções a usuários que estiverem realizando alguma infração ou intervenção indevida no sistema público. A Companhia, porém, não tem poder de polícia para acessar os imóveis, o que deve ser feito pelo Programa Floripa Se Liga na Rede, coordenado pela Prefeitura e Vigilância Sanitária. “O morador só poderá fazer sua ligação à rede quando receber autorização da Casan. Antes disso, cada imóvel deve possuir tratamento individual, como por exemplo, fossa e sumidouro. Ligações às redes que não estão em operação trazem sérios prejuízos à qualidade de vida na cidade, além do mau cheiro que se espalha pela região”, complementa Pimentel. Além disso, pode gerar extravasamentos de esgoto nos pontos mais baixos da rede.

Problemas constantes

No Campeche há constantes problemas de vazamentos na rede de coleta assentada, que aguarda a construção da Estação de Tratamento de Esgotos do Rio Tavares para entrar em operação. A empresa Infracon, de Minas Gerais, venceu a licitação realizada pela Casan para construção da Estação. Atualmente o resultado da licitação e o contrato para execução das obras estão em análise pela Caixa Federal (órgão financiador do projeto) e Ministério das Cidades.

A unidade que será construída em terreno da Companhia no Rio Tavares receberá investimento de R$ 34,8 milhões, permitindo que entrem em operação, em uma primeira etapa, quase 45 quilômetros de redes já implantadas no Campeche. O tratamento será do tipo terciário, considerado o mais completo. O prazo de construção é de 24 meses, e somente depois os moradores receberão orientações para fazer sua ligação à rede coletora. 

Orientações para regiões com redes de esgotos que não estão em operação:

:: Moradores devem ter seu tratamento individual de fossa e sumidouro

:: Faça periodicamente a manutenção de seu sistema individual. No caso de fossa, limpeza com auxílio de caminhão auto vácuo devidamente regularizado

:: A caixa de gordura também deve ser limpa periodicamente, no máximo a cada 6 meses ou menos, dependendo do uso

:: No caso de serviço por caminhões limpa-fossa, o prestador pode limpar também a caixa de gordura

:: No caso de limpeza manual, o material sólido retirado da caixa de gordura deve ser colocado em um saco de lixo e descartado junto aos demais resíduos coletados pela Comcap

:: No caso de estabelecimentos como restaurantes, a frequência de limpeza deve ser bem maior, em alguns casos até semanalmente

Fonte: Casan

Da redação