Topázio Neto fala sobre tecnologias para melhorar trânsito e segurança
O prefeito de Florianópolis junto com a Secretaria de Ciência e Tecnologia coordena projeto na Capital
Imagem da Ilha: O Estado está para licitar ou vender o espaço da atual penitenciária. Há algum projeto para a PMF para a ocupação do espaço?
Topázio Neto: O Estado está para licitar ou vender a área da penitenciária... Na verdade, não vai vender, ele só vai transferir. Vai transferir para a prefeitura. O Estado vai tirar a penitenciária dali e vai distribuir os presos para as penitenciárias que já tem. Com isso, ele vai deixar uma área sobrando de 140.000 m², uma área enorme. E a ideia é trazer para este local equipamentos da educação, da cultura e da área do esporte. A pessoa mora em uma cidade cultural, e isso vai se conectar com o CIC, transformando-se em um grande ponto cultural da cidade.
Então, a gente ainda está se planejando, estamos na primeira fase, que é a transferência dos presos. O Estado está contratando o estudo da área inteira, e a gente está entendendo que equipamentos para colocar ali e o que vai ser feito. Eu tenho defendido que deve ter um pouco da área da educação, e também deve ter um pouco da área da saúde e até uma nova creche para toda aquela região do Maciço.
Imagem da Ilha: E o Parque Urbano Marina Beira-Mar, em que pé está?
Topázio Neto: Bom, nós praticamente estamos com toda a documentação pronta e deve ser entregue essa semana. A gente vem entregando a documentação ao Instituto do Meio Ambiente, e os técnicos avaliam... Então, entregamos tudo até o dia 20 de dezembro. E o IMA deve nos dar uma posição após o recesso, agora em janeiro já deve se ter uma posição final para as licenças. A nossa expectativa é que tenhamos tudo até o final do primeiro trimestre do ano.
Imagem da Ilha: Segurança é sempre uma preocupação dos moradores. Existem planos para reforçar o efetivo da Guarda Municipal?
Topázio Neto: Na realidade, nós estamos fazendo uma integração cada vez maior com o Governo do Estado que tem reforçado, por exemplo, a Operação Verão. Agora, nós vamos ter mais de 200 policiais em Florianópolis só para essa operação. Vai ser muito bom. Na área da Guarda Municipal, estamos trabalhando com bases nas praias. Por exemplo, vamos ter base em Jurerê, Canasvieiras, Ingleses, Santinho, Campeche... Vamos espalhar a Guarda Municipal para lá, mas não só a Guarda, toda a área de fiscalização também. Isso vai ser reforçado. Estamos criando, no novo plano de governo, uma secretaria própria para inteligência e mobilidade. O que acontece hoje? Sabemos que nossa cidade é uma cidade apertada, então é preciso ter uma agilidade muito maior. Se um carro quebrar na Beira-Mar, precisamos ter uma ação rápida para retirar aquele carro de lá. Vamos melhorar muito na área da segurança e no controle do trânsito.
Eu sinto o Centro da cidade muito melhor. Temos uma operação diária com relação aos moradores de rua. O pessoal do colete amarelo (fiscais da Segurança Pública) está diariamente na rua, retirando moradores de rua dos pontos da cidade, oferecendo abrigo na passarela, oferecendo passagem para que retornem aos seus municípios. É um trabalho contínuo e diário, não dá para parar. Espalhamos isso também para o Norte da ilha, então temos operações em Canasvieiras e Ingleses. A população de rua, no verão, tende a aumentar, porque as pessoas já vêm para cá devido ao movimento de turistas, mas ela vem se estabilizando, com tendência de queda, porque o trabalho que fazemos de controle de moradores de rua deixa claro que eles não podem fazer o que querem, como instalar barraca ou ocupar calçada de forma irregular. Isso está sujeito a multa, entre outras medidas.
Nossa fiscalização atua para coibir esses atos. Então, isso também vai endurecer muito nosso trabalho com relação ao morador de rua. Morador de rua que quer ser ajudado, a gente ajuda. Agora, aquele que não quer... A Passarela tem conseguido reeducar moradores de rua para trabalhar em supermercados, realizando reposição de mercadorias, e nas empresas de coleta. Agora, estamos investindo para que eles tenham profissão autônoma na área de manutenção, jardinagem, pintura e carpintaria. São todas essas oficinas que temos vagas. E, assim, eles vão se qualificando e saindo da rua. Não é o ritmo, obviamente, que a gente gostaria, mas não desistimos.
Imagem da Ilha: Como vai funcionar o 1º hospital veterinário público em Florianópolis?
Topázio Neto: Já temos os editais prontos. Ele vai ser anexo ao Dibea (Diretoria do bem estar animal) e terá preferência para pessoas de baixo poder aquisitivo. Pessoas de baixa renda poderão usar o hospital para seus animais e também aqueles que adotarem animais na Dibea. Independente de renda, se você adota, tem direito de usar o hospital veterinário. Com isso, a gente pretende aumentar o número de adoções da Dibea.
O hospital vai funcionar com todos os procedimentos normais de uma boa clínica veterinária e também fará castrações. Nesses dois anos como prefeito, foram realizadas mais de 20 mil castrações. Renovamos o contrato com a carreta que está nas comunidades realizando castrações. Cada vez que ela vai, são de 150 a 200 castrações.
Imagem da Ilha: E nas praias, como vai funcionar o acesso dos animais a estes locais?
Topázio Neto: A ideia que surgiu é a seguinte: vamos pegar duas praias, uma no norte e outra no sul, e vamos separar uma área dessas praias. Essa será a área pet-friendly. Por exemplo, das 6:00 às 9:00 da manhã e das 6:00 da tarde em diante, então, se você tem seu cachorrinho e quer passear com ele na praia, você pode escolher uma dessas duas praias e ir com ele nos horários estabelecidos. Você pode passear com ele normalmente, com algumas regras. É necessário que ele esteja com a carteira de vacinação atualizada, usar coleira e, se for determinado tipo de animal, a coleira deve ser acompanhada de focinheira. Assim, podemos atender os dois públicos. Mas isso ainda não está certo, porque ainda há discussões com a vigilância sanitária e outras questões a serem resolvidas.
Imagem da Ilha: Como as novas tecnologias têm sido aplicadas para a gestão de tráfego, segurança e serviços públicos?
Topázio Neto: A gente teve um grande problema na cidade durante anos com relação aos semáforos. Nós já trocamos mais de 70% dos semáforos da cidade. Os semáforos agora estão gerenciados e conectados à internet. Ainda temos dificuldades porque também tem que regular o investimento, então não joguei fora o que tinha e coloquei tudo novo. Ainda está dando muita inconsistência entre a nova controladora e os antigos semáforos, mas vamos resolver.
Daqui a pouco, nós vamos ter a cidade inteira em um grande painel que temos lá no centro de controle, para poder controlar os semáforos e vamos resolver muito, né? Se você pegar a Beira-Mar hoje, já podemos ver a onda verde na Beira-Mar. Temos um convênio com o Google, através do Waze, então conseguimos também controlar o tráfego na cidade. Eu vou lançar agora, no início do ano, um indicador de congestionamento da cidade, como tem em São Paulo, para que, em tempo real, a gente possa ir informando para as pessoas como está o congestionamento no Norte da Ilha, como está no Sul da Ilha, como está na região da Lagoa...
Imagem da Ilha: Em entrevista ao Portal em Julho de 2024, o Secretário de Ciência e Tecnologia Juliano Ritcher comentou sobre um mapeamento dos buracos através de aplicativo, como e quando isto será efetivado?
Topázio Neto: Isso funciona em algumas regiões de São Paulo e o Secretário Juliano Ritcher está cuidando disso, mas vai evoluir. Vamos encontrar uma tecnologia para mapear mais facilmente os buracos da cidade.
Prefeito Topázio Neto fala sobre saneamento básico em Florianópolis. Veja o vídeo!
Participaram da entrevista Hermann Byron e Carolina Beux
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