Manezinhos atravessam o oceano à vela
Velejadores catarinenses enfrentaram ventos, noites de plantão e manutenções diárias em alto-mar
Depois de sair da Cidade do Panamá e passar pelo Alto Caribe, manezinhos destemidos atravessam o oceano rumo à Ilha dos Açores. No comando do veleiro Moleque, a tripulação catarinense enfrentou ventos, correntes e noites de plantão para chegar à Europa navegando. À frente deste desafio está Marcelo Gusmão, velejador olímpico, campeão brasileiro e sul-americano de vela, que hoje troca as regatas pela vida no mar e pelas travessias de longo curso.
Nesta entrevista, Marcelo Gusmão Reitz e Daniel Gomes compartilham como se planeja uma travessia do Atlântico Norte, revelam detalhes da rotina a bordo, falam da importância da experiência de mar e contam como é viver dias e noites em constante atenção no meio do oceano.
Imagem da Ilha: Conta pra gente primeiro sobre o seu conhecimento náutico para longas viagens em veleiro, já tinhas feito outras ao longo da costa brasileira?
Gusmão: Então, eu sou velejador. A minha formação é vela. Eu acho que o que eu mais fiz na minha vida foi velejar, como profissão, como esporte, como aventura. Sou ainda empresário do ramo da vela. Trabalho bastante. Fui velejador olímpico, corri a Olimpíada de 1996 em Atlanta. Meu currículo esportivo é bastante extenso. Fui cinco vezes campeão brasileiro de oceano. Sou campeão sul-americano de vela. Quando eu ainda era esportista, em viagem pelo Brasil e pelo mundo, eu via muitas famílias, muitos velejadores se aventurando pelo mundo com barco de oceano. E desde pequeno, eu já velejava com meu pai que tinha um barco de oceano. Aquilo meio que se completou, porque além de eu ser um um atleta, eu velejava de oceana com o meu pai também. Foi um grande aprendizado, eu diria. Poucas pessoas têm essa totalidade no seu currículo do esporte vela. Sou um velejador bem completo. Tanto na questão de travessia, como na questão esportiva e de performance.
E de uns anos para cá, eu estou me dedicando muito mais à aventura do que ao esporte de competição. Velejei 3 anos em projeto solitário (sozinho no barco), fiz 4.000 milhas em solitário. Foi uma experiência interessante, porque eu via muitos velejadores velejar sozinhos, então eu queria ver como é que era aquela experiência, aquele paradigma. Uma experiência boa, mas não quero mais velejar em solitário. Eu velejo com a família, minha esposa Carla Lobato e com meus filhos Andressa e João. E também velejo com os amigos, faço travessias com eles… Eu procuro dizer o seguinte, eu trabalho com barco e tiro férias dentro do barco também. A minha vida é praticamente dentro de um barco. Eu tenho hoje umas 85.000 milhas navegadas. Só agora a gente fez 4.500 milhas.
Imagem da Ilha: De onde e quando surgiu a ideia da travessia do Atlântico e um barco a vela?
Gusmão: Assim, a ideia de viver a bordo, eu defini que estava na hora de sair com barco para velejar pelo mundo em 2007, saí com o barco em solitário, mas eu tive uns problemas familiares, meu pai faleceu, meu irmão faleceu, eu precisei voltar para cuidar da família. Voltei, organizei a família toda e em 2015 eu saí de novo. Já era o Moleque (nome do barco). Quando eu saí em solitário, era um barco um pouco menor que o Moleque. E a navegação pelo mundo, só para você entender se faz pelos ventos e pelas correntes. Esse é o ideal, tu não vai contra o vento nem contra a corrente. E como o mundo tem as correntes e os ventos pré-definidos, assim e veleja.
Vou dar um exemplo, aqui no Atlântico, para sair de Floripa e ir para África, você tem que "descer” para o sul, fazer uma curva e ir até a África. Para ir para o Caribe, você vai até o Nordeste Brasileiro, pega a corrente que vai para o Caribe, que é a corrente do Atlântico Norte, e vai para o Caribe. Para ir para a Europa, como fomos agora, é preciso subir, até o Caribe, depois para as Bermudas, “pega” a corrente e os ventos que vão te jogar para leste e vai para a Europa. Se tu queres voltar para o Caribe, tu vais ter que descer até as Ilhas Canárias e depois ruma para o Caribe. Não volta pelo mesmo caminho. É assim que todo mundo veleja pelos ventos e pelas correntes.
Voltando à pergunta, a ideia dessa travessia surgiu há muito tempo, claro que a travessia, ela já “pré-existia” porque a ideia de ir para a Europa sempre foi uma vontade. Chegar com o meu barco na Europa.
Imagem da Ilha: Essa é a tua primeira viagem para a Europa no barco?
Gusmão: De oeste para leste? Sim. Eu já tinha feito uma de leste para oeste (Europa/ Caribe). De oeste para leste (Caribe/ Europa), no Atlântico Norte é a primeira. Primeira viagem.
Imagem da Ilha: É mais difícil de leste para oeste?
Gusmão: Sim, é contra o vento e contra as correntes. É que nem a regata Volta ao Mundo. A regata Volta ao Mundo sai da França, desce pela costa brasileira, vai para a África do Sul… Aí depois vai para a Austrália, porque as correntes e os ventos são nesse sentido. Existe uma carta piloto, que é um livro enorme, onde tem todos os ventos de todo mundo de todas as épocas, todos os barcos têm. Nós a temos lá no Moleque. Se você for lá na carta piloto e abrir na parte do Atlântico Norte, vai ver que durante todo o ano, os ventos e as correntes são de oeste para leste naquela região.
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Imagem da Ilha: A navegação não é só pelos ventos e correntes, certo? Você dispõe de uma navegação via satélite que te ajuda nessa travessia? Ou vai mais olhando o livro e indo pelo pelos ventos e pelas correntes?
Gusmão: Nós temos um estrategista para o tempo. O Flávio Ramirez, da empresa Navegantes Do Sul, foi nosso estrategista para a previsão do tempo. Esse estrategista vai trocando mensagem com a gente, vai falando das condições climáticas, portanto temos as previsões de tempo online a bordo. Ele tem uma condição de tempo, uma previsão de tempo muito melhor do que a nossa, que estamos no mar e a gente vai trocando ideias, e aí a decisão é do comandante de onde seguir realmente o rumo.
Quando fizemos a travessia, eu e o Daniel, do Baixo Caribe, do Panamá para o Alto Caribe, República Dominicana, foi uma travessia muito dura. E essa travessia é feita no meio dos furacões, na época de furacões. Sempre tem um furacão se formando, um furacão terminando… E a gente velejou 25 dias no meio dos furacões, no ano passado. Tendo a participação do Flávio Ramirez, como estrategista em terra, fica mais seguro, já que ele que tem vários dados que a gente não tem lá no barco, hoje nós temos internet a bordo, mas nós temos um estrategista que nos acompanha.
Imagem da Ilha: E a área do Triângulo das Bermudas, por onde vocês passaram antes da travessia, inspirou algum sentimento de medo ou ansiedade pelo que já aconteceu nesta área?
Gusmão: Acho que o ano passado foi pior do que esse ano, porque no ano passado a gente estava na época dos furacões. E nesse ano, a gente estava fora da época do furacão.
Daniel: Foi mais puxado quando a gente saiu da República Dominicana indo para para Bermudas, ali foram três dias de vento muito forte.
Gusmão: É isso, o triângulo das Bermudas, na verdade realmente existe. Ele é aquele triângulo ali, Caribe, Estados Unidos, Bermudas. E realmente, ali, há alguns anos atrás, talvez muitos anos atrás, houve grandes problemas com navegação, avião, etc. e tal, mas as previsões do tempo não eram tão boas, tão completas como hoje, e não estava tão definida essa questão dos furacões, onde eles nasciam, para onde eles caminhavam. Alguns barcos, alguns aviões foram pegos surpresas naquela época e realmente desapareceram.
Daniel: E desapareceram porque? A profundidade lá é de 3 a 4 mil metros de profundidade nesta região. Então não tem como achar nada.
Gusmão: E assim, eu nunca peguei, eu nunca vivi um furacão dentro dele, mas eu já peguei furacão, no ano passado nós pegamos dois furacões a 100 milhas da gente. E a gente pegou um pouco de uma sobra dele, com muito mar, muita chuva. Depois quando estive nos Estados Unidos, uma vez também o furacão passou perto de onde eu estava, mas assim dentro do furacão nunca vivi.
A vida no barco alterna momentos de contemplação do mar e esforço físico constante.
Imagem da Ilha: Parece que dentro do furacão é calmaria, né?
Gusmão: Sim, o olho do furacão não tem vento. É o que aconteceu com a gente, estávamos no meio de um ciclone, então não tinha vento nenhum.
Daniel: Andamos um tempão na borda do ciclone, pegando rajadas de 40 a 50 nós. Estávamos na borda dele. Aí, tivemos que mudar o rumo.
Gusmão: Quanto ao Triângulo das Bermudas, ele não dá mais medo. Porque hoje a gente tem informações muito apuradas. Mas ele existe lá. Todo mundo fala. A incidência de furacões nas Bermudas é pequena. Tem, mas é muito pequena. É menor do que no Caribe. E os furacões chegam até a ilha de Flores lá, uma ilha que a gente ficou, e já não existia mais nada na ilha, estava toda destruída. O último furacão que chegou lá destruiu tudo.
Imagem da Ilha: E a origem desses furacões se formam no meio do do oceano?
Gusmão: Furacões se formam na ilha do Cabo Verde, naquela região do Cabo Verde. Ali que ele começa, ele nasce ali, os pequenos furacões, que em alguns momentos se tornaram grandes, se formam já lá no Caribe mesmo. Dependendo da temperatura da água, da época e tal. Como o que nós pegamos no ano passado, perto da República Dominicana. Teve um outro quando a gente entrou em Puerto Plata, ele estava assim, a 50 milhas da gente e ele virou furacão. Virou um furacãozinho, bateu em Cuba e acabou. São pequenos furacões assim que também acontecem. Na verdade, a comunidade mundial fica sabendo pouco desses furacões, porque enquanto ele não vira furacão, ele não vem para a mídia. Enquanto ele não tem letra (classificação), não vem para a mídia. As letras são as tempestades, são os ciclones, tempestades tropicais e tal. Quando ele começa a ganhar volume, ele ganha nome, aí ele vira o furacão, aí vem para a mídia. Mas são centenas durante o ano.
Imagem da Ilha: Sobre a aventura da travessia do Atlântico, de onde, para onde e quando foi a saída?
Daniel: Começou em 2017, quando tiramos o barco daqui... e levamos de Natal (RN) para Granada, no Caribe. A tripulação era eu, o Gusmão e mais dois, o Wladimir Nascimento e o José Carlos Schelemper.
Imagem da Ilha: O barco foi produzido onde?
Gusmão: Foi feito aqui em Santa Catarina. Eu que construí.
Daniel: Voltando à viagem, de Natal para Granada, foram 12 dias também, só que teve um pit stop. Re-abastecemos em Kourou, na Guiana Francesa. Aí o barco ficou lá por um tempo. E o Gusmão ia lá todo ano, ou a cada seis meses. Com a mulher, às vezes com um amigo. Eu fui umas duas ou três vezes lá.
Gusmão: Essa travessia de 2025, começou na verdade no ano passado, porque para sair do Caribe em direção à Europa, você tem que subir para o Alto Caribe, que é San Thomas, San Martin e República Dominicana, já que o barco estava lá embaixo, no Panamá. Essa também foi uma travessia dura, já que ainda é o final da época do furacão, que termina em novembro, mas ainda tinha algumas incidências de furacão.
Daniel: Dia 2 de junho, o dia que nós partimos das Bermudas.
Gusmão: Nós ficamos um pouco lá na República Dominicana. O barco, na verdade, ele tem uma rotina. O barco é uma casa. E ele precisa de manutenção constantemente. Assim, ele tem os itens de segurança, ele tem combustível… a manutenção do barco é diária. Todo dia se faz alguma coisa pelo barco, além de cuidar da sua casa. Porque você tem que acordar de manhã, fazer o café, lavar a louça, fazer o almoço. É o mesmo dia a dia de uma casa, e do entorno também. Além disso, no barco você tem que cuidar da navegação, da previsão do tempo, da vela, da performance do barco, se ele está rendendo (velejando) bem, da segurança e assim vai. O barco tem uma rotina muito forte, e constante também. Há trabalho o tempo todo. Raramente consegue um tempo para ler um livro, ler uma notícia… Quando você chega no final do dia, aí tem mais 12 horas de noite. neste período noturno, a tripulação tem seus plantões. Os plantões são assim, um dorme 2 horas, o outro trabalha 2 horas... e isso é a noite toda. Da República Dominicana até San Matin, fomos eu e Daniel.
Depois o Cláudio, um amigo nosso, embarcou. O Cláudio embarcou em Ponce (Porto Rico), e foi até as Bermudas. Nas Bermudas ele desembarcou, e embarcou o Décio Novais, que é um paulista radicado em Salvador, e que morou muito tempo em Floripa, por isso que nos conhecemos. Já o Décio foi até São Miguel, desembarcou porque a família tinha ido para Lisboa e ele queria chegar lá com a família, nós ficamos em Ponce esperando a janela climática permitir a travessia.
Imagem da Ilha: Daniel, quando o Gusmão te convidou para a travessia, pensou duas vezes em ir? E a chegada no barco foi cercada de curiosidade? Já tinhas feito alguma travessia deste porte?
Daniel: Na verdade, em 2017, ele não ia para a Europa. Primeiro, ele iria passar pelo canal do Panamá, e velejar no Pacífico, ou descer o Pacífico, até o sul do Chile, passar no cabo Horn lá embaixo para voltar. Nós íamos fazer isso juntos. Isso faz uns dois anos. Mas aí mudou de ideia e disse: "Eu vou para Europa". E aí eu disse: " E vai me convidar, não vai?” E pensei: “Será que eu vou"? Foi quando ele me convidou, eu já imaginava. Já estava dentro antes dele me convidar rsrsrs.
Gusmão: A rotina do barco, ela vem de encontro também com a previsão do tempo. Então assim, o cara que se predisponha, por exemplo, "vamos fazer uma travessia", vai com uma passagem só de ida. Você não sabe quando é que vai voltar. Nós, por exemplo, pretendíamos fazer essa travessia em 3 meses, mas levamos 5 meses! Por quê? Não adianta, se o mar está ruim, tu não vai. Tem que ter essa predisposição. O que que vai fazer? O que que nós fizemos em São Miguel, Daniel? Pegamos a bicicleta e fomos pedalar, fomos caminhar, trabalhamos, porque no barco você trabalha também. A gente acorda, faz o café... o nosso taifeiro oficial era o Daniel, que fazia o café. Aí faz o café, trabalha e depois vai para a rotina do almoço, final de tarde, manutenção, etc. e tal e acabou.
Rotina de pesca para o sushi do jantar é acompanhada por vigilância, manutenção e navegação em condições adversas.
Imagem da Ilha: Tinha alguém que cozinhava direto, ou era alternado? Como é que funcionava?
Daniel: O Gusmão era o único que sabia cozinhar, mas tinha o sushi que pescávamos, e os enlatados também.
Imagem da Ilha: Quais são os quesitos básicos para definir a tripulação? Como é que chegasse ao nome dessas duas criaturas? Do Daniel e do Décio?
Gusmão: Eu acho que o principal é a amizade. Claro que você não vai levar um amigo que não tem experiência de mar… Acho que o barco Moleque tem 20.000 milhas, o Daniel deve ter umas 10.000 milhas dentro do Moleque… A experiência de mar, a predisposição de viver a bordo, com tempo disponível.... Porque viver a bordo não é uma coisa tão simples assim, você acaba tendo que abrir mão de um monte de coisa. As pessoas que vivem longe "do seu habitat natural", da sociedade, não é qualquer um que consegue. E o Daniel é um cara que consegue. Eu sou um cara que consigo. Claro, a gente fica com saudade de casa, saudade dos amigos. Sim. Mas a gente administra bem isso. Tem gente que não consegue administrar. Ah e outra coisa, a experiência de estar dentro de um barco com aquelas pessoas que você tem amizade é muito importante. As pessoas têm que ter essa predisposição, ninguém está lá para passear. Não, nós temos trabalho. Velejar é prazeroso, muito, demais. É bonito estar no mar? É maravilhoso. É a minha vida! Mas tem que trabalhar, tem que arrumar o barco, cozinhar, dar plantão, enfrentar um dia ruim, passar frio. Tinha os dias bons e os dias ruins, como a gente tem aqui em terra, mas a experiência de travessia e de convívio a bordo conta muito também. É difícil, sabe? Você não está num ambiente com a sua família, com a sua esposa. Você está no ambiente que tem um algum estresse, um mau tempo, um problema sério, com arco, que você tem que resolver tudo…
Momentos de lazer: Viver a bordo exige amizade, disposição, preparo e capacidade de lidar com o mar e com a saudade.
Daniel: Diferente do que o Gusmão falou, porque é o seguinte, na travessia em si eu não tenho muita convivência, convivência que eu quero dizer assim: "ó, daí Gusmão, como é que tá a vida?" Não, não tem isso. "Ó, vai lá, meu turno está assim, passaram dois navios, ou então, não passou nenhum navio… Ó, está ou não está funcionando, aqui que deve estar estranho, vamos verificar, porque não passou ninguém. Ah, se eu não avistar nada, no meu turno, eu digo: Opa, tá estranho, irmão".
Gusmão: Essa interferência da embarcação externa é importante o um passar para o outro, "olha, passou um navio aqui, passou um navio que foi naquela direção", aí a gente olha na internet, vê se nós estamos no caminho, numa estrada de navio, ou não estamos. Um vai passando informação para o outro, "olha, o vento aumentou durante as duas horas, às três horas que eu estava aqui, ele diminuiu, o vento estava nessa direção, voltou para outra..." O Daniel falou uma coisa muito interessante, cara, o teu convívio é mínimo, assim, na hora do café a gente convive um pouco e ali bate um papo, o outro está cansado, está dormindo... O que a gente vê na televisão e nas revistas e nos jornais é aquela foto linda do cara sentado no sol, aquelas gurias tudo de biquíni, o cara com a cerveja, com o vinho. E todo mundo só vê aquilo ali. Navegar um barco em travessia, não é isso. Você está todo dia completamente com roupa para se proteger do sol. Se está frio, casaco, se está calor, roupa, chapéu, protetor. Como você falou, é o cuidado constante, é uma tensão constante, não dá para relaxar. Tem que cuidar das bombas, o barco tem problema de energia, as vezes pega uns dias com muita chuva, dia muito nublado, o consumo de energia tem que diminuir.
Daniel: Temos alimentação a diesel, solar e eólica. A eólica, geralmente nesses barcos, é muito importante. São raros os momentos que você pilota na mão, navegando o barco, com você no leme, em geral a navegação é com um piloto automático. Esse piloto automático demanda muita energia. Se você tem vento, a eólica mantém praticamente sozinha o piloto automático. A energia solar é para abastecer a geladeira. Abastecer o restante dos instrumentos GPS que também consomem. Antes não era assim, agora você tem a opção de ter energia eólica e energia solar para alimentar as baterias e o piloto automático, isto dá uma certa tranquilidade.
Caso não tenha lido a segunda parte desta entrevista/aventura clique AQUI e leia.
Entrevista: Hermann Byron Neto
Decupagem e edição: Carolina Beux
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