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Entenda os riscos e benefícios do jejum no treino
Profissionais alertam sobre fadiga, perda de massa muscular e hipoglicemia

Entenda os riscos e benefícios do jejum no treino
O déficit calórico é o fator determinante para emagrecimento sustentável, independentemente do jejum. (Foto: Freepik)

Publicado em 26/10/2025

Treinar em jejum é um tema que desperta curiosidade, mas especialistas alertam que a prática exige atenção. Ney Felipe, Stefan Gleissner e Priscilla Martins explicam que, embora o jejum intermitente (JI) possa facilitar o déficit calórico, os resultados dependem mais do controle energético do que do período de jejum em si. “O JI promove perda de peso semelhante a outros planos com restrição calórica diária. Algumas pessoas podem se beneficiar de forma mais natural, sem contar calorias, mas não existe vantagem significativa apenas pelo jejum”, afirma a endocrinologista Priscilla Martins.

Existem diferentes protocolos de JI, e estudos indicam melhores resultados quando a janela de alimentação respeita o ciclo circadiano, concentrando refeições na manhã e início da tarde. O objetivo do treino em jejum é aumentar a oxidação de gordura durante o exercício, já que níveis baixos de insulina forçam o corpo a usar gordura como energia. Porém, como alerta Ney Felipe, Mestre em Biologia Celular e Molecular, há riscos de desmaio, fadiga precoce e queda de desempenho se a prática não for individualizada e acompanhada por profissionais.

O catabolismo muscular também é uma preocupação. Sem nutrientes suficientes, o corpo pode consumir musculatura como fonte de energia, prejudicando o desempenho e o emagrecimento saudável. Stefan Gleissner, personal trainer, reforça que os riscos incluem perda de massa muscular, hipoglicemia e fadiga, enquanto estudos indicam que a perda de gordura corporal total está mais relacionada ao déficit calórico do que ao jejum durante o exercício. O desempenho físico é afetado, especialmente em treinos de resistência ou força com duração superior a 60 minutos.

Corpo definido para o verão exige estratégia

O acompanhamento profissional é essencial, principalmente para crianças, lactantes, idosos, pessoas com doenças crônicas, distúrbios alimentares ou atletas de alta performance. Para a maioria das pessoas, métodos como controle calórico, periodização adequada dos treinos e nutrição individualizada oferecem resultados mais seguros e sustentáveis. Ney Felipe explica que o jejum deve se adaptar à rotina do paciente: “Mais importante que o tempo de jejum é a alimentação estratégica na janela em que se come.”

A adaptação gradual é recomendada, aumentando progressivamente o intervalo entre refeição e treino, monitorando sinais como tontura, fadiga extrema, náusea ou perda de foco, que indicam necessidade de ajuste. Pessoas com diabetes descontrolado, hipoglicemia ou condições metabólicas específicas, assim como sedentários e praticantes esporádicos de atividade física, devem evitar treinar em jejum para não comprometer segurança e performance.

 

 

 

 

Da redação

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