Nova regra no trânsito causa confusão e debate em Floripa
A reconfiguração do acesso à ponte Hercílio Luz tem gerado reações divididas entre os motoristas da Capital

Desde o final de março, os motoristas que utilizam a ponte Hercílio Luz, no sentido Continente-Ilha, passaram a encarar um novo trajeto de acesso pela região do Estreito. A alteração, implementada com o objetivo de melhorar a fluidez do trânsito nos horários de maior movimento, vem sendo supervisionada pela Guarda Municipal de Florianópolis (GMF) e está inserida em um plano maior, que inclui obras de infraestrutura a serem iniciadas ainda neste mês.
A principal modificação afeta o percurso de quem trafega pela rua General Eurico Gaspar Dutra. Agora, nos dias úteis, das 6h30 às 9h, os veículos que antes seguiam direto até o final da via são obrigados a virar à direita na avenida Governador Ivo Silveira, acessar a rua Visconde de Cairú e, a partir daí, chegar à rua Quatorze de Julho, de onde é possível entrar na ponte.
A reconfiguração do tráfego integra um projeto que prevê a construção de uma rotatória no local. A estrutura vai permitir o retorno à esquerda de forma mais ordenada, facilitando o acesso à Quatorze de Julho e, consequentemente, à ponte Hercílio Luz.
Segundo Samuel Alves de Souza, chefe da Comunicação Social da GMF, a intervenção busca eliminar os conflitos recorrentes no encontro entre as ruas General Eurico Gaspar Dutra e Quatorze de Julho. “Já tivemos diversas ocorrências naquele ponto, incluindo discussões, buzinaços e até confrontos físicos. A ideia com essa mudança é melhorar o fluxo e oferecer mais segurança a todos que utilizam o trecho”, relatou.
Durante esse período de adaptação, apenas ônibus têm autorização para seguir até o final da General Eurico Gaspar Dutra, já que há uma parada de transporte coletivo no local. No entanto, essa exceção deve ser temporária. “Com a chegada das obras, essa permissão também será suspensa. Estamos preparando o fluxo com antecedência para que a população se adapte antes da reconfiguração das pistas. A previsão é de que tenhamos quatro faixas no local, sendo duas delas voltadas exclusivamente para o retorno à esquerda”, detalhou Samuel.
A GMF acompanha diariamente os impactos da mudança e afirma que, apesar da lentidão em alguns momentos, já é possível observar avanços na mobilidade. “Há retenções, especialmente por causa do novo trajeto e da necessidade de adaptação dos motoristas. Mas os veículos estão conseguindo seguir, e isso já representa um avanço. Com a finalização das obras, esperamos uma melhora ainda mais significativa nos tempos de deslocamento”, completou.
Testes realizados no final de 2024 embasam a expectativa positiva. Linhas de ônibus que passam pelo trecho registraram redução média de até 10 minutos em seus trajetos. Ainda assim, entre os motoristas, a recepção à nova rota é mista.
A médica Cássia Soares criticou a mudança. “Está difícil assim. Eu preferia a alteração anterior, aquela das pistas na ponte”, comentou. Por outro lado, o desenvolvedor Pedro Cardoso reconhece a complexidade do processo, mas acredita na proposta. “Tem sido um pouco confuso, mas entendo que a reorganização é necessária”, avaliou.
A Secretaria de Infraestrutura e Manutenção da Cidade reforçou, em nota oficial, que a obra tem como foco a segurança viária e a melhoria no fluxo de veículos entre o Continente e a Ilha. A futura rotatória deve tornar o acesso mais intuitivo e evitar os conflitos que antes marcavam o cruzamento entre as vias.
Para se manterem informados sobre as mudanças viárias, os condutores podem consultar os canais oficiais da Guarda Municipal nas redes sociais ou entrar em contato diretamente pelo número 153 em caso de dúvidas ou emergências.
Da redação
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