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Exposição inédita provoca reflexão sobre conflitos invisíveis
Mostra reúne esculturas hiper-realistas, vídeos, fotografias e objetos provocadores

Exposição inédita provoca reflexão sobre conflitos invisíveis
A exposição “Ônus da Redenção”, de João Salem, transforma o CIC em espaço de memória, dor e beleza, reunindo esculturas hiper-realistas e obras provocativas sobre conflitos invisíveis. (Foto: Divulgação)

Publicado em 26/08/2025

A partir de 29 de agosto, a Sala Lindolf Bell II – Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, se transforma em território de memória, dor e beleza com a exposição inédita “Ônus da Redenção”, do artista João Salem. A mostra reúne esculturas hiper-realistas, vídeos, fotografias e objetos que encaram de frente os conflitos invisíveis, aqueles que não deixam medalhas, apenas marcas.

Autista diagnosticado com nível 1 de suporte, Salem canaliza sua vivência em obras que não pedem respostas, mas provocam perguntas. “Durante anos, vivi com comorbidades que só agora, com tratamento psicológico e medicação adequada, começaram a fazer sentido. A arte me ajuda a entender e a elaborar tudo isso”, afirma o artista.

Obras sensíveis e provocadoras

A exposição é resultado de meses de trabalho e apresenta oito esculturas hiper-realistas, além de vídeos, fotografias e objetos que compõem uma narrativa sensível e provocadora. Ao longo do período expositivo, novas peças do artista serão incorporadas à mostra. As obras terão audiodescrição e no evento de abertura, bem como na roda de conversa, programada para o dia 16 de setembro, a partir das 16h, haverá intérprete de Libras.

Sustentabilidade e reaproveitamento de materiais

Salem revela que, além do silicone e da resina, cerca de 90% das peças são confeccionadas com materiais reciclados e reaproveitados. “Uso tudo o que vejo potencial artístico: restos de metal como panelas e talheres, pedaços de madeira, de cabos de vassoura a pequenos troncos e tábuas, retalhos de tecido, papelão, coadores de café, objetos plásticos, isopor de embalagens, entre outros elementos que, ao meu olhar, converse com a obra, é utilizado”, compartilha o artista.

Esta é a primeira vez que João Salem expõe no CIC, e a escolha do espaço reforça a potência do projeto. “Minha expectativa é que eu consiga transmitir uma reflexão com relação ao tema e que apreciem meu tipo de arte. O espaço sem dúvidas é o melhor para o momento”, comenta o artista que está cursando a primeira fase do curso de licenciatura em História na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

 

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Da redação

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