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Inadimplência no setor automotivo dobra
Vendas diretas, com participação de 53%, foram decisivas para resultado recorde do mercado interno em agosto

As vendas à vista atingiram 70%, um porcentual totalmente atípico para o setor, e a inadimplência bateu a casa dos 7% (Foto: Reprodução/Internet) **Clique para ampliar

Publicado em 13/09/2022

Apesar do número recorde de emplacamentos no ano, o mercado de veículos não enfrenta seu melhor momento quando o tema é crédito ao consumidor. As vendas à vista atingiram 70%, um porcentual totalmente atípico para o setor, e a inadimplência bateu a casa dos 7%, o dobro do índice histórico que é de 3% a 4%.

As informações foram divulgadas na sexta-feira, 09, pelo presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, que comemorou os bons resutados de agosto falando em “otimismo moderado” justamente em função de alguns dados precupantes, como a questão do crédito.

Com 208,6 mil licenciamentos, incluindo veículos leves e pesados, o mercado interno teve o melhor resultado dos últimos 19 meses. Com relação a julho (182 mil), houve crescimento de 14,6%. No comparativo com agosto do ano passado, a alta é de 22,7%  (172,8 mil unidades). A média diária de 9,1 mil emplacamentos no mercado interno  foi a melhor do ano.

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Um dado importante nesse contexto todo é que as vendas diretas, aquelas feitas para locadoras e demais frotistas, responderam por 53% do total comercializado em agosto, uma proporção que também não é comum no setor.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) atribuiu a queda de fatia das vendas no varejo – atipicamente abaixo da metade do mercado – à defasagem de compra das locadoras nos últimos meses por causa da falta de produtos gerada pela escassez de semicondutores. “As locadoras estão com a idade média da frota acima do tradicional e, por isso, ampliaram compras em julho e agosto”.

Ao ser questionado se o número de emplacamentos seria tão bom no mês passado não fossem as vendas diretas, Leite disse acreditar que sim, mas admitiu ser difícil cravar essa resposta, visto que as dificuldades para obtenção de créditos atualmente são reais. “É totalmente atípico o quadro atual, com 70% de vendas à vista e somente 30% a prazo. O normal é justamente o inverso”, admitiu.

Outro dado que também poderia indicar desaceleração das vendas no varejo é o aumento de estoque entre julho e agosto, que passou de 150 mil para 164,5 mil veículos nos pátios das montadoras e concessionárias. A alta foi de 22 para 24 dias na média de vendas.

Segundo o presidente da Anfavea, lançamentos importantes no mês passado podem justificar essa elevação. “É normal as montadoras reforçarem o estoque para um produto novo está chegando ao mercado. A rede tem de estar devidamente abastecida por ocasiãod o lançamento”, argumentou o executivo.

Fonte: Auto Indústria

Da redação

 

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