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Desde agosto de 2021, exatos seis meses após suspender operações fabris no Brasil, a Ford América do Sul acumulou cinco trimestres seguidos com lucro na região. Nos três trimestres já fechados deste ano, ou seja, de janeiro a setembro, o Ebit (lucros antes dos juros e impostos) chegou a US$ 300 milhões, conforme lembrou o presidente da empresa, Daniel Justo, ao comemorar os bons redultados da marca no mercado brasileiro.

Em encontro com jornalistas na sede da montadora em São Paulo, no último dia 14, o executivo prometeu dez lançamentos para 2023, dos quais alguns já foram revelados, como a F-150 e a nova Ranger, e três ainda são mantidos em segredo. O foco da marca segue centrado em picapes, SUVs e veículos comerciais (foto abaixo).

“A operação rentável garante novos investimentos”, destacou o presidente da Ford América do Sul, comentando que há anos a empresa não tinha lucro na região: “Pelo menos desde 2013 não havia solidez em nossas operações aqui”. No ano passado, por exemplo, o lucro do segundo semestre não compensou o prejuízo do primeiro e o resultado em 2021 acabou sendo negativo.

Mercado brasileiro

Apostando em pequeno crescimento do PIB, assim como na redução dos juros e maior disponibilidade de crédito, Justo projetou crescimento de 5% na venda de veículos leves no Brasil em 2023, para cerca de 2,2 milhões de unidades.

Sem citar números absolutos, cravou que a Ford vai crescer acima da média do mercado no ano que vem. A expansão tanto da marca como do mercado em geral deve ser favorecida, segundo ele, pela maior disponibilidade de semicondutores. “O problema não foi de todo resolvido, mas já há maior diponiblidade do componente”, comentou.

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Com fábrica em Pacheco, Argentina, e centros de desenvolvimento em Camaçari (BA) e Tatui (SP), a Ford deixou de produzir veículos no Brasil em janeiro do ano passado, quando encerrou operações na fábrica baiana, que poderá ser vendida para a Byd, montadora de veículos elétricos. “Estamos conversando, mas o negócio ainda não foi fechado. Também estamos negociando a venda da Troller no Ceará”, adiantou Justo.

Dentre outros pontos positivos de 2022, o executivo destacou o segmento de veículos comerciais. O Furgão Transit, lançado há sete meses, acumulou participação de 5% na faixa de produtos na qual atua, índice que chegou a 22% em novembro, mostrando “o excelente potencial do produto no mercado brasileiro”, segundo palavras de Antônio Baltar, diretor de marketing, vendas e serviços.

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A Ford tem hoje 110 concessionárias no Brasil, localizadas em pontos estratégicos para atender o novo perfil do consumidor da marca, aqueles interessados em modelos importados de maior valor, como a Maverick e a linha Ranger, além dos comerciais leves.

Fonte: Auto Indústria

Da redação

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