Viva a Ponte: comércio movimentou cerca de R$ 1,2 milhão durante os sete dias de reabertura
A emoção de cruzar a maior ponte pênsil com sistemas de barras de olhal do mundo atraiu milhares de pessoas no evento Viva a Ponte, entre 30 de dezembro e 5 de janeiro de 2020, em Florianópolis. Cerca de 1,18 milhão de pessoas circularam entre as cabeceiras continental e insular da Ponte Hercílio Luz, o que também trouxe incremento à economia. Com base nos valores previstos no edital, a organização calcula que a comercialização de comidas e bebidas movimentou R$ 1,2 milhão durante os sete dias de atrações.
O monumento símbolo de Santa Catarina foi reaberto, depois de permanecer fechado por 28 anos. Na manhã do dia 30, milhares de pessoas aguardavam ansiosas pela liberação de pedestres, ávidas por se reencontrar com a estrutura inaugurada em 1926 para ligar ilha e continente. Mais que uma conexão física com 821 metros de extensão, a reabertura da Hercílio Luz estabeleceu uma conexão com a memória de quem vive ou visita a Capital.
A partir das passarelas, o público prestigiou o desfile de carros antigos que encerrou a cerimônia de reabertura da Ponte. Participaram do ato 172 veículos com data de fabricação até 1970. O governador Carlos Moisés conduziu um Fusca dos anos 70 e puxou o comboio.
Foto: Ricardo Wolffenbuttel / Secom
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Após passar o último veículo, a ponte foi tomada pela multidão, que se fez presente todos os dias do evento, superando todas as expectativas dos organizadores. “A reabertura da Ponte Hercílio Luz tem um significado enorme para a Santur. Essa semana de reabertura demonstrou a seriedade e o comprometimento com a obra e o recurso público. A expectativa que tínhamos foi superada, ficou claro o pertencimento e autoestima recuperada de todo o catarinense e manezinho que teve novamente a Ponte de volta”, disse Flavia Didomenico, presidente da Agência de Desenvolvimento do Turismo de SC (Santur).
O movimento surpreendeu inclusive os comerciantes das 17 barracas de comidas e bebidas, credenciados pela Santur. Durante os sete dias, foram vendidos 15,7 mil itens de comidas, 12,6 mil sorvetes, milk shakes e sundaes, e 82,5 mil litros de bebidas (chope, água, refrigerante e caldo de cana).
Esporte e cultura
Atletas também participaram deste momento histórico para Santa Catarina, por meio da primeira Corrida da Ponte, organizada pela Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte). Foram 2 mil competidores, que registraram o percurso em selfies no domingo, dia 5.
Foto: Julio Cavalheiro / Secom
O último dia do evento Viva a Ponte também teve outras atrações. Durante o dia, atletas do highline, modalidade extrema do slackline, surpreenderam quem passava pela Velha Senhora. A multidão observou atentamente o caminhar lento e calculado sobre a fita instalada entre as duas torres da ponte. Rafael Bridi, profissional do esporte, conquistou novo recorde nesta data ao realizar a inédita travessia.
Foto: Ricardo Wolffenbuttel / Secom
Além do slackline e de acrobacias em tecido, entusiastas de aventuras radicais puderam experimentar a sensação de saltar da ponte: foram realizados mil saltos de bungee jumping. Além de 150 de pêndulo humano e 135 descidas de rapel. Para quem preferiu estar nas alturas, mas sem sair do chão, teve o simulador de voo de balão, conduzindo os usuários em uma viagem até a Capadócia, na Turquia, através de óculos de realidade virtual.
Foto: Ricardo Wolffenbuttel / Secom
A diversidade foi outra marca do evento. O palco Viva a Ponte foi um dos espaços mais democráticos da celebração de reabertura. De acordo com a Fundação Catarinense de Cultura (FCC), foram 65 apresentações que contemplaram quase todos os gostos musicais: do samba ao rock, do sertanejo à batucada, passando pelo rap e gospel, entre outros estilos.
A conclusão das obras da ponte está prevista para março. Até lá serão definidas as diretrizes sobre o uso dessa estrutura, inclusive para o turismo. “Agora precisamos definir qual o melhor uso desse bem, que tem suas belezas e que precisa ser autossustentável”, avaliou Flávia.
Da Redação