SC dribla crise e lidera consumo no Brasil

Após dois meses consecutivos de retração, a disposição das famílias catarinenses para consumir voltou a apresentar crescimento em abril. Segundo levantamento divulgado pela Fecomércio SC na última quinta-feira (24), o indicador avançou 1,2% no mês — desempenho que colocou o estado entre os três melhores do país no período.
Enquanto a média nacional teve leve queda de 0,4%, Santa Catarina seguiu na contramão, figurando entre as sete unidades da federação que registraram melhora no índice.
Para o presidente da Fecomércio SC, Hélio Dagnoni, o resultado é animador e sinaliza um comportamento mais confiante por parte dos consumidores do estado. “Apesar de um cenário econômico adverso, com juros elevados e inflação persistente, a economia catarinense vem demonstrando força e estabilidade. Os números mostram que estamos conseguindo manter uma trajetória positiva”, avalia.
O índice de intenção de consumo das famílias, criado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), atingiu 114,2 pontos no estado — resultado que reflete satisfação com o atual nível de consumo, já que valores acima de 100 pontos indicam percepção positiva.
Emprego e renda geram alerta
Apesar da melhora no apetite por consumo, outros componentes da pesquisa trazem sinais de atenção. A percepção em relação ao emprego atual caiu 1,8% em abril e acumula queda de 4,6% em 12 meses, alcançando 126,8 pontos — o menor patamar dos últimos 18 meses. A confiança em relação à renda também recuou, com variações negativas de 2% no mês e 2,1% no comparativo anual, embora ainda se mantenha na faixa otimista, com 129,4 pontos.
Segundo Edilene Cavalcanti, economista da Fecomércio SC, a visão dos catarinenses sobre sua condição financeira atual segue majoritariamente positiva. “Hoje, 45,8% das famílias afirmam que sua situação financeira está melhor do que há um ano. Outros 36,6% percebem piora, e 16,4% consideram que nada mudou”, aponta.
Mesmo com oscilações em indicadores específicos, o cenário geral ainda sugere confiança moderada das famílias catarinenses e capacidade de resistência diante dos desafios econômicos do país.
Da redação
Fonte: RCN
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