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Tornados e tempestades marcam início da nova estação

Tornados e tempestades marcam início da nova estação
A estação começa marcada por contrastes extremos, exigindo atenção da população e acompanhamento das previsões meteorológicas. (Foto: Ricardo Wolffenbüttel/Arquivo/SECOM)

Publicado em 22/09/2025

O início da primavera trouxe mudanças bruscas no clima em diversas partes do Brasil. Logo nos primeiros dias da nova estação, que começou oficialmente nesta segunda-feira (22) às 15h19, o país já enfrenta frio, chuva e instabilidade atmosférica. A previsão é de que a frente fria que chega nesta terça-feira (23) provoque queda acentuada das temperaturas, geadas e tempestades em algumas regiões.

Sul e Sudeste sentem o impacto

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o ar frio se espalha rapidamente pela região Sul, pelo sul do Mato Grosso do Sul e pelo estado de São Paulo. No Sul, os planaltos de Santa Catarina e Paraná podem registrar geada fraca, enquanto no Rio Grande do Sul, a precipitação deve se concentrar no norte do estado.

Em Santa Catarina, a passagem da frente fria no fim de semana já deixou marcas de destruição. O município mais atingido foi Barra Bonita, no Extremo-Oeste, onde a Defesa Civil confirmou a ocorrência de um tornado, que provocou danos em diversas regiões. Chuvas intensas e tempestades também são previstas para o centro e sul do Mato Grosso do Sul e em áreas de São Paulo.

Transição de estações exige atenção da agricultura

A meteorologista do Inmet, Anete Fernandes, alerta que a transição entre inverno e verão, observada neste início de primavera, pode ter impactos na produção agrícola. “Se o agricultor planta durante esse padrão de transição e, em seguida, vem uma onda de calor, isso pode comprometer a produtividade. Por enquanto não há sinais de que isso vá acontecer, mas a possibilidade não pode ser descartada”, explica.

No restante do país, temperaturas mais altas devem predominar no Norte, no interior do Nordeste e em áreas do Centro do Brasil. A primavera deste ano deve registrar chuvas um pouco acima da média na maior parte do país, embora o norte do Nordeste ainda tenha volumes inferiores a 100 milímetros.

Monitoramento do fenômeno La Niña

Além das chuvas e do frio, especialistas acompanham a possibilidade de formação do fenômeno La Niña nesta primavera. Segundo a NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos), as chances da ocorrência do fenômeno são de 56%. O resfriamento das águas do Pacífico, característico da La Niña, altera padrões de chuva e pressão atmosférica, mas seus efeitos mais intensos só devem ser sentidos durante o verão, já que atualmente o Pacífico ainda se encontra em estado de neutralidade.

Com o início da primavera, o Brasil mostra que a estação será marcada por contrastes climáticos fortes, exigindo atenção das populações das regiões mais afetadas e acompanhamento constante das previsões meteorológicas.

 

 

 

Da redação

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