Tarifaço derruba empregos na indústria catarinense
O início da cobrança de tarifas pelo governo de Donald Trump já trouxe reflexos imediatos para a economia catarinense. No primeiro mês da medida, 1.754 empregos foram fechados no setor industrial do estado, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Os maiores cortes ocorreram em móveis e madeira, com 1.236 vagas encerradas — justamente áreas mais dependentes das exportações para os Estados Unidos.
Municípios que têm a madeira como base da economia foram especialmente impactados. Lages perdeu 287 postos de trabalho, enquanto Caçador viu 281 empregos desaparecerem em apenas um mês.
Fiesc cobra negociação com os EUA
Para a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), o resultado negativo não foi uma surpresa. A entidade já havia mapeado o risco de até 20 mil empregos ameaçados até 2027, caso não haja diálogo com Washington. “O impacto estava previsto em nossos estudos de cenário. Reforçamos a necessidade urgente de negociação com o governo americano”, afirmou o presidente da Fiesc, Gilberto Seleme.
Setores além da madeira também sentem
O setor automotivo foi outro atingido pelo tarifaço, com redução de 302 vagas, reflexo da queda nos emplacamentos e na produção de veículos. Apesar disso, alguns segmentos registraram crescimento: alimentos e bebidas abriram 145 postos, químicos e plásticos tiveram saldo positivo de 61 e papel e celulose criaram 56 empregos.
Saldo do ano ainda é positivo
Embora agosto tenha sido marcado por retração, o acumulado de 2025 ainda apresenta números favoráveis para a economia catarinense. A indústria soma 41.449 novos postos de trabalho desde janeiro, o setor de serviços tem saldo positivo de 36.623 vagas e o comércio, de 6.061. Apenas a agropecuária registra queda, com 310 empregos a menos no período.
Entre as maiores quedas do país
No cenário nacional, Santa Catarina teve o segundo maior recuo na indústria durante o primeiro mês das tarifas americanas. O Rio Grande do Sul liderou as perdas, com 4.165 vagas encerradas, e se tornou o estado mais afetado até agora.
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Da redação
Fonte: Fiesc
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