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Recorde de empregos formais impulsiona sensação de segurança

Recorde de empregos formais impulsiona sensação de segurança
Sondagem da FGV mostra que 53,8% dos brasileiros se sentem seguros em relação ao emprego. (Foto: Agência Brasil)

Publicado em 16/09/2025

Apesar dos sinais de que a economia pode perder fôlego nos próximos meses, a maioria dos trabalhadores brasileiros segue confiante de que manterá sua principal fonte de renda.

Pesquisa revela segurança no mercado de trabalho

Segundo a Sondagem do Mercado de Trabalho do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), 53,8% dos entrevistados afirmam que é improvável ou muito improvável perder o emprego nos próximos seis meses. Entre os otimistas, 42,3% acham pouco provável ficar sem trabalho, e 11,5% dizem ser praticamente impossível.

Em contrapartida, 13,8% consideram provável perder a ocupação e apenas 2,8% avaliam como muito provável. Quase um terço dos participantes (29,7%) não soube opinar.

Desemprego no menor nível histórico

Os dados refletem um cenário favorável: o IBGE informou que a taxa de desemprego do segundo trimestre foi de 5,8%, a menor da série histórica iniciada em 2012. Também houve recorde de rendimento médio, que chegou a R$ 3.477, e de trabalhadores com carteira assinada, somando 39 milhões.

Esses números ajudam a explicar por que os brasileiros se sentem mais seguros para permanecer em seus postos ou até buscar novas oportunidades.

Efeitos da política monetária

O coordenador da pesquisa da FGV, Rodolpho Tobler, alerta que esse quadro pode mudar. Ele lembra que a economia deve passar por uma desaceleração causada pela política de juros elevados, usada pelo Banco Central para controlar a inflação.

Atualmente, a taxa Selic está em 15% ao ano, o maior patamar desde 2006. Com crédito mais caro, famílias e empresas tendem a consumir e investir menos, o que pode reduzir a geração de empregos e o ritmo de crescimento.

A inflação oficial, medida pelo IPCA, acumula alta de 5,13% em 12 meses — acima da meta de 4,5% — e é o principal motivo para a manutenção dos juros em nível elevado.

Diferenças por faixa de renda

A sondagem também revelou que o sentimento de segurança cresce conforme a renda. Entre quem recebe até um salário mínimo, apenas 32,6% acham improvável perder o emprego. A percepção sobe para 41,3% entre quem ganha de um a três salários e chega a 62,4% entre quem está acima dessa faixa.

Satisfação e proteção social

Além da percepção sobre o risco de desemprego, a pesquisa avaliou outros aspectos. A maioria dos entrevistados está satisfeita com o trabalho: 59,7% se dizem satisfeitos e 15,3%, muito satisfeitos. Apenas 8% declararam estar insatisfeitos, enquanto 17% se mantiveram neutros.

Sobre proteção social, 33,5% afirmaram se sentir muito desprotegidos, 37,7% se consideram parcialmente desprotegidos e 28,7% disseram se sentir protegidos.

 

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Da redação

Fonte: RCN

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