Pós-Covid-19: Centros de Reabilitação ampliam atendimento em SC
O coronavírus trouxe muitos desafios para serem superados, entre eles a recuperação dos pacientes acometidos com a Covid-19 que vai além da alta hospitalar. Muitas pessoas que tiveram complicações e ficaram internadas, voltam para casa com sequelas, que impactam diretamente em sua saúde. Desta forma, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) destaca o trabalho realizado nos Centros Especializados de Reabilitação (CER II) que atendem a pessoas com deficiência física, intelectual, visual e auditiva decorrentes de acidentes e doenças, como também com sequelas da Covid-19.
O secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, explicou que o encaminhamento de casos que necessitam de reabilitação é realizado pela Atenção Primária em Saúde. “O paciente que precisa de reabilitação física, mental, intelectual, motora, independentemente da doença ou acidente que levou a isso, deve procurar o posto de saúde. Após avaliação dos sintomas, se for o caso, o médico encaminhará o paciente a um centro de reabilitação. Há cinco no estado que estão atendendo a pleno vapor, e iremos ampliar essa rede, pois identificamos que houve um aumento na demanda devido às sequelas deixadas pela Covid-19 nos pacientes que ficaram internados nos hospitais”.
Atualmente, Santa Catarina possui cinco Centros Especializados de Reabilitação (CER II). Eles estão localizados em Lages, na Uniplac; em Itajaí, na UNIVALI; em Criciúma, na UNESC; em Blumenau, na FURB; e em Florianópolis, o Centro Catarinense de Reabilitação (CCR), unidade própria da SES e referência em reabilitação no estado.
Projetos
Aliado a isso, a SES está reestruturando os Centros Especializados de Reabilitação (CER II) da rede estadual já existentes e incentivando a criação de novos centros junto a instituições de ensino em regiões estratégicas, ampliando para as 17 regiões de saúde de Santa Catarina. “Nosso objetivo é regionalizar a reabilitação, levando esse serviço para perto do cidadão e ofertando mais, assim como estamos fazendo com a Política Hospitalar Catarinense. O serviço precisa chegar às pessoas de todas as regiões, por meio de equipe multidisciplinar atuando nas diversas funções cognitivas, físicas, neurológicas, de fonação, nutrição e serviço de apoio social. Buscando, assim, levar ainda mais qualidade de vida e redução de sequelas a todo e qualquer paciente com Síndrome Pós-Covid-19, ou não”, complementou o secretário André Motta.
Também há um projeto de implementação de serviços de reabilitação para pacientes com Síndrome Pós-Covid-19 em Santa Catarina. A ideia é ter protocolos clínicos unificados, assim como a coleta sistêmica de dados, para ampliar o conhecimento na área de reabilitação em pacientes que apresentem implicações depois de terem sido infectados pelo coronavírus, pois é uma doença nova, que traz sequelas cardiovasculares, respiratórias, neuromusculares, psicológicas, articulares e motoras, causando importantes impactos funcionais e de qualidade de vida.
Capacitação
Desde o dia 22 de outubro, a SES vem capacitando os profissionais da Atenção Básica, por meio do Ciclo de Palestras de Reabilitação Pós-Covid-19 no serviço de Atenção Primária à Saúde, em parceria com a UDESC e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems).
Da redação
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