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Parlamentar avalia projeto que proíbe uso de fogos de artifícios em Florianópolis

Diante dos argumentos apresentados os vereadores que compõem a mesa, irão se posicionar diante do assunto (Foto: Divulgação)

Publicado em 08/09/2017

Proibir ou não a comercialização, manuseio e uso de fogos de artifícios e artefatos pirotécnicos na cidade foi o tema da 5ª reunião da Frente Parlamentar de Desenvolvimento Econômico de Florianópolis, que ocorreu nesta quarta-feira (6), na Câmara Municipal. O debate que discute o projeto 1626/2017 contou com a participação de entidades, vereadores e executivo que se posicionaram diante do polêmico texto que tramita no Legislativo.

A Frente Parlamentar debate os projetos que possam causar impacto no desenvolvimento da cidade e fomenta a discussão democrática e plural aos temas. A vereadora Maria da Graça, autora do projeto, salientou os frequentes acidentes ocorridos pelo mau uso dos equipamentos explosivos.  Citou casos emblemáticos como da Boate Kiss, no Rio Grande do Sul, além outros inúmeros casos onde vítimas perderam partes do corpo. 

Além disso, Maria da Graça citou espécies de aves que estão à beira da extinção por conta do número excessivo de mortes relacionado aos rojões. Maria da Graça chamou atenção ao prejuízo causado aos animais domésticos, sensíveis ao barulho, além dos danos ao meio ambiente.

“Vamos fazer pela nossa cidade o que ninguém fez no Brasil, um Réveillon com show de luzes e drones, com música e sem barulhos. Vamos dar esta oportunidade para a cidade. A intenção não é prejudicar ninguém e sim uma proposta construtiva”, defendeu a vereadora.

Durante a reunião várias entidades se manifestaram. O presidente da Associação Brasileira de Pirotecnia, Marcelo Kokote, argumentou que desde 2006 realiza o show de fogos em Florianópolis onde a partir de então, a cidade passou a ganhar visibilidade no cenário nacional, pelos espetáculos da virada do ano.

“Faço o Natal Luz de Gramado e a cidade é promovida nacionalmente por meio dos fogos. No mundo todo ocorrem espetáculos como em Sydney, Austrália e Dubai que tem a maior festa com fogos do mundo. Estudos da UNESCO mostram os fogos como patrimônio cultural da humanidade. Inclusive países sustentáveis como a Espanha, são os maiores produtores de fogos. Os fogos têm leis, regras e usando com segurança não oferecem risco”, defendeu Kokote.

O assessor jurídico da Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL de Florianópolis, Anderson Ramos Augusto, citou que “não há qualquer argumento válido no ambiente jurídico para proibir os fogos de artifícios”.

O conselheiro do Conselho Regional de Medicina Veterinária, Luiz Afonso Erthal, salientou a importância do projeto já que estudos comprovam que os animais sofrem muito com o barulho dos fogos e reforçou a necessidade de estudos sobre o impacto dos fogos no meio ambiente. “Há dados estatísticos sobre os impactos também nos animais silvestres, é preciso adequar todos os pontos de vista”, alertou.

A representante da Associação de Pais e Amigos do Autista, Ione Machado, salientou o sofrimento das pessoas com deficiência, autistas e sensibilidade auditiva com o barulho dos fogos de artifícios. “Os fogos de artifícios interferem muito na condição destas pessoas, que sofrem se debatem e se agridem”, salientou. Vereadores e representantes de entidades também se manifestaram.

 

Da Redação