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Objetivos estratégicos para o meio ambiente em 2030 são propostos na Capital

Uma das propostas é recuperar e preservar a biodiversidade catarinense (Foto: Reprodução)

Publicado em 21/06/2017

Como estará o meio ambiente em Santa Catarina em 2030 foi tema de reunião dessa terça-feira, 20/06, na Escola de Governo (ENA) em Florianópolis. Representantes do Governo e de instituições da sociedade civil organizada traçaram objetivos estratégicos para biodiversidade, água, saneamento e resíduos sólidos.

O workshop faz parte da elaboração do Plano de Desenvolvimento Catarinense para 2030, coordenado pela Secretaria de Estado do Planejamento com apoio da UFSC. "O homem integra o meio ambiente e hoje temos que pensar como queremos que o meio ambiente esteja em 2030", disse o secretário adjunto de Planejamento Fábio Botelho. Os participantes do encontro propuseram que Santa Catarina seja referência nacional em aspectos como índice de cobertura de coleta e tratamento de esgotos sanitários, qualidade das águas e do ar. Outro objetivo estratégico sugerido foi ampliar a geração de energia elétrica de matriz de fontes renováveis. Quanto à proteção da biodiversidade, uma alternativa é ampliar o programa de pagamento de serviços ambientais. 

"O meio ambiente é uma área muito importante na medida em que ela tem uma intersecção com outras áreas, tanto de atividade produtiva como da vida humana. Então nesse sentido foi uma oportunidade de estar ouvindo vários setores da sociedade, especialmente um pessoal muito qualificado das áreas de planejamento do Governo do Estado e de órgãos que se envolvem com o meio ambiente", avaliou o professor da UFSC Fernando Seabra.

Propostas de objetivos estratégicos:

- Ser referência em qualidade do ar no país
- Ampliar a geração de energia elétrica de matriz de fontes renováveis.
- Ser referência nacional em índice de cobertura de coleta e tratamento de esgotos sanitários.
- Promover o uso dos recursos naturais de forma a garantir sustentabilidade do meio ambiente.
- Ampliar a oferta e a qualidade dos recursos hídricos.
- Ampliar a cobertura, melhorar a qualidade e conectividade dos ecossistemas nativos.
- Fomentar a criação de incentivos à provisão e a manutenção dos serviços ecossistemicos.
- Promover ações de ações de mitigação e adaptação de mudanças climáticas.
- Implementar o programa de educação ambiental e sanitária na grade curricular do ensino básico de SC.
- Recuperar e preservar a biodiversidade catarinense.
- Implementar, de forma efetiva, a política de saneamento ambiental.
- Preservar e regularizar os regimes hídricos.
- Estimular as ações e atividades de redução da geração, reuso e reciclagem.
- Estimular a sustentabilidade financeira dos serviços de coleta, transporte e destino final dos resíduos sólidos.
- Melhorar a qualidade da água.
- Melhorar a biodiversidade.

Participaram do workshop representantes das secretarias estaduais de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Defesa Civil e Planejamento, além de Fatma, programa SC Rural, Fapesc, ENA, Polícia Ambiental, Casan, Ministério Público, Alesc e Movimento ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável).

Sobre o Plano de Desenvolvimento de Santa Catarina 2030

O Plano de Desenvolvimento de Santa Catarina 2030 abordará quatro grandes dimensões: Desenvolvimento Econômico, Desenvolvimento Social, Infraestrutura e Meio Ambiente e Gestão Pública. É uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Planejamento, em cooperação com a UFSC e com apoio da FAPESC.

Será construído de forma participativa a partir do estabelecimento de indicadores, metas, objetivos e estratégias como instrumento auxiliar para a ação governamental em Santa Catarina. Busca responder as seguintes questões: onde estamos, aonde queremos chegar, como vamos chegar lá e com quais instrumentos de governança. Até final de junho serão realizados workshops setoriais abordando os temas: indústria, comércio, ciência e tecnologia; pessoal e finanças; cultura, esporte e turismo; saúde; educação; segurança pública; assistência social, trabalho e habitação; agricultura e pesca; meio ambiente; infraestrutura; mobilidade urbana. Depois dessa etapa, a equipe técnica fará entrevistas com especialistas de cada área e apresentará o conteúdo em workshops regionais (Grande Florianópolis, litoral norte, litoral sul, Planalto Serrano, Planalto Norte, Alto Vale do Itajaí, Meio Oeste e Oeste).

Da redação