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Neurologista chama a atenção para os sinais de alerta e fatores do AVC

Foto: Arquivo

Publicado em 22/10/2015

Acidentes vasculares cerebrais (AVCs) são a principal causa de óbitos no Brasil e atingem pessoas de todas as idades. No mundo, o AVC é a principal causa de incapacidade, resultando em mais de 100 mil mortes por ano. Por isso, desde 2010, no dia 29/10, a Campanha Mundial de Combate ao AVC busca orientar a população sobre os riscos da doença, os sinais de alerta e as formas de tratamento. A neurologista Gladys Lentz Martins, que atua no Hospital Governador Celso Ramos, na Capital, lembra que o AVC pode ser prevenido e os pacientes têm condições de se recuperar totalmente se receberem suporte adequado. O tema também foi destacado pelo cardiologista Jamil Valente em sua coluna no Imagem da Ilha.

Para alertar sobre os riscos da doença, a partir de domingo, 25/10, tem início a Semana Nacional do AVC, com uma caminhada de prevenção, que aqui em Florianópolis será realizada na Beira-Mar Norte, com distribuição de material informativo, verificação de pressão arterial e glicemia. A semana segue com palestras sobre prevenção e identificação de sinais e sintomas do acidente vascular cerebral, o que é a doença e como tratá-la. 

“O AVC é uma doença passível de prevenção, tem tratamento na fase aguda e medidas que podem ser instituídas a longo prazo, havendo necessidade de conscientização da população e dos profissionais de saúde quanto aos fatores de risco e as formas de tratamento”, destaca a médica. O Hospital Celso Ramos é a única unidade de saúde em Florianópolis estruturada para o atendimento do AVC agudo.  “O objetivo desse trabalho é oferecer um tratamento integral ao paciente com AVC, com atuação de uma equipe multidisciplinar para facilitar a recuperação e diminuir o tempo de internação”, conta Gladys.

A Campanha Mundial de Combate ao AVC é coordenada pela Organização Mundial do AVC (World Stroke Organization – WSO) coma participação da Rede Brasil AVC e a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares. Em Florianópolis conta com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde, Associação Catarinense de Medicina e Unimed de Florianópolis. Em 2015, o tema são as demências potencialmente evitáveis. “O objetivo é divulgar não apenas o fato de que essa doença pode ser evitada, mas reduzir o impacto do AVC na vida das pessoas, por meio de seis pilares”, explica a neurologista. 

O AVC

O acidente vascular cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame cerebral, pode ser de dois tipos: isquêmico - quando há falta de circulação numa área do cérebro provocada por obstrução de uma ou mais artérias por ateromas, trombose ou embolia; ou hemorrágico – quando ocorre sangramento cerebral provocado pelo rompimento de uma artéria ou vaso sanguíneo, em virtude de hipertensão arterial, problemas na coagulação do sangue, traumatismos.

Como se prevenir:

- Controle a pressão arterial e o nível de açúcar no sangue. Hipertensos e diabéticos exigem tratamento e precisam de acompanhamento médico permanente. Pessoas com pressão e glicemia normais raramente têm derrames;

- Procure manter abaixo de 200 o índice do colesterol total. Às vezes, só se consegue esse equilíbrio com medicamentos. Não os tome nem deixe de tomá-los por conta própria. Ouça sempre a orientação de um médico;

- Adote uma dieta equilibrada, reduzindo a quantidade de açúcar, gordura, sal e bebidas alcoólicas;

- Não fume. Está provado que o cigarro é um fator de alto risco para acidentes vasculares;

- Estabeleça um programa regular de exercícios físicos. Faça caminhadas de 30 minutos diariamente;

- Informe seu médico se em sua família houver casos doenças cardíacas e neurológicas como o AVC;

- Procure distrair-se para reduzir o nível de estresse. Encontre os amigos, participe de atividades culturais, comunitárias, etc.

Da redação