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Home Office: cuidado com a Síndrome de Burnout em tempos de crise

Foto: Reprodução

Publicado em 19/06/2020

Competitividade acirrada, metas cada vez maiores e mais rígidas, tempo escasso e cobrança excessiva fazem do mercado corporativo um dos meios para o desenvolvimento das chamadas doenças emocionais. Com a pandemia covid-19, essa tendência tende a ser maior, devido ao espaço aberto para o home office. A partir daí, o colaborador precisa cumprir prazos, buscar um rotina, ter disciplina e responsabilidade para realizar as tarefas do trabalho sem afetar o ambiente familiar.

Para a mestra em administração e desenvolvimento de negócios, Andrea Deis, o home office auxilia no plano de contingência vivido principalmente nas grandes cidades. De acordo com ela, o estresse tem sido rotulado como o grande mal do século e, com ele, vem crescendo o número de pessoas com a Síndrome de Burnout, conhecida pelo esgotamento profissional.

A síndrome é definida por alguns autores como uma das consequências mais marcantes do estresse profissional, e se caracteriza por exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos (até como defesa emocional). Enfim, a Síndrome de Burnout representa o quadro que poderíamos chamar "de saco cheio" ou "não aguento mais".

Um levantamento internacional apontou que os executivos brasileiros estão entre os mais insatisfeitos do mundo com o equilíbrio entre vida familiar e dedicação profissional. Segundo a gestora Andrea Deis, o executivo está sendo cada vez mais exigido no que diz respeito a produtividade e resiliência, e gerenciar as emoções também é necessário para a redução do estresse. "A depressão é a doença número uma esperada até 2030. Portanto, temos que prestar atenção aos sinais que nossas emoções estão nos apresentando", alerta.

 

Profissionais das áreas da saúde, educação, assistência social, recursos humanos, agentes penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco maior de desenvolver a síndrome, principalmente agora com a pandemia do novo coronavírus.

Esta síndrome é o resultado do estresse emocional incrementado na interação com outras pessoas. Algo diferente do estresse genérico, a Síndrome de Burnout geralmente incorpora sentimentos de fracasso. Seus principais indicadores são: cansaço emocional, despersonalização, falta de realização pessoal, dores de cabeça, problemas digestivos, erupções cutâneas, resfriados constantes, alterações de apetite, fadiga, dificuldade de concentração, vazio mental, esquecimentos, frustração, agressividade e solidão.

Confira 7 dicas da gestora empresarial, Andrea Deis, para trabalhar home office e evitar o esgotamento profissional:

1 . Aprenda a administrar o seu tempo.

2 . Repense sobre seus valores e perceba como está lidando com eles.

3 . Estabeleça prioridades.

4 . Aprenda a lidar com o vício do sucesso.

5 . Ninguém está livre das frustrações. Aprenda a superá-las.

6 . É importante saber gerenciar os relacionamentos.


Da redação