A versatilidade musical de Felipe Coelho
Músico de Florianópolis transita por diversos gêneros, mas tem o Jazz como sua paixão
Nosso Personagem da Semana é um apaixonado pela música. Natural de Floripa, sua afinidade com os instrumentos musicais começou cedo. Ele chegou a morar dos Estados Unidos para aprimorar sua vocação. Saiba mais sobre a trajetória de Felipe Coelho!
Aos 5 anos, ele imitava o pai tocando violão. A influência musical dentro de casa foi um ponto forte que serviu de apoio para a os próximos anos que viriam. Aos 6 anos, o talento já era evidente e Felipe começou a participar de aulas de violão.
O músico, hoje com 41 anos, conta que suas inspirações musicais surgiram em várias fases de sua vida. A primeira delas foi o próprio pai; depois, o cantor Michael Jackson. “Eu tinha uma fixação por ele (Michael Jackson), gostava muito mais do que as crianças da minha idade, tinha uma fita K7 que eu ouvia o tempo todo”, conta.
À medida que Felipe crescia, novos artistas eram incorporados à sua lista de favoritos. Aos 8 anos, ouvia Beatles; aos 14, guitarristas como Steve Vaughan e Joe Satriani começaram a chamar a sua atenção, e ele ganhou uma guitarra elétrica para poder treinar os acordes que ouvia com tanta atenção e paixão.
Esses artistas viravam referências para suas composições. Ele conta que, até hoje, novos artistas sempre chegam para integrar a sua playlist: “as inspirações nunca acabam, sempre pesquiso e encontro artistas que me transformam”. Nomes como Paco de Lucia, Yamandú Costa, Tomatito, Django Reinhardt, Pat Metheny e Louis Armstrong são alguns citados por ele como os principais influenciadores de sua música.
Estilo musical
Pelas influências musicais citadas, é possível perceber a versatilidade de Felipe Coelho. “Eu nunca tive um estilo único no sentido de uma linguagem única. O meu estilo mistura muita coisa: música brasileira, latino-americana, sulista, jazz, flamenco, tango. Até a música indiana tem um papel importante na mina vida. Isso tudo foi abrindo a minha cabeça e me ajudou a criar a minha voz”, conta.
Melhores momentos
Dentre os momentos mais marcantes de sua carreira até hoje, o músico Felipe Coelho cita alguns: quando recebeu o Prêmio Funarte, em 2011, que o levou a fazer uma turnê com o quinteto de cordas, na região central do Brasil. Outro ponto importante destacado por ele foi quando participou do Festival de Poços de Caldas, em Minas Gerais, em 2018. “Eu toquei com a orquestra do festival, que era liderada pelo quarteto de cordas de SP, que é uma orquestra de elite, com músicos muito bons”, conta.
Em 2017, realizou uma turnê com a orquestra sinfônica de Blumenau, com a participação dos músicos Renato Borghetti e Daniel Sá. “Tenho extremo respeito e admiração por eles e me senti muito lisonjeado por ter participado da turnê”, conta. Em 2019, teve uma experiência marcante no lançamento de sua obra “Todas as direções”, quando o Teatro do CIC ficou lotado. Esse show está registrado na internet.
Além de todas as experiências com parceiros musicais, Felipe define o ponto alto da música: “O meu ofício me permite compor e levar a música para outras cidades, viajar e ser remunerado por isso; eu trabalho de uma forma livre”, destaca. Ele já viajou para países da Ásia, Europa, América do Norte, América Latina e, também, por várias regiões brasileiras, para se apresentar.
As facetas da música
O Jazz tem um grande espaço em seu repertório, em trabalhos como solista, duo, trio e quarteto. Felipe fez bacharelado e mestrado em Música nos Estados Unidos, e especialização em Jazz. Dentro deste gênero musical, ele ampliou os seus talentos e se rendeu ao canto. “Eu já cantava desde a adolescência, quando tive uma banda cover e, depois, na época da faculdade. Estou quebrando esse estigma de que a música instrumental não pode ser cantada”, destaca.
Suas raízes musicais passam também pelo flamenco. Mensalmente, ele realiza um “show de Tablado Flamenco”, no Delfino Bar. O músico explica que o tablado é o ambiente natural do flamenco: “nos tablados espanhóis têm a santa trindade do flamenco, que é o cante, o baile e a guitarra espanhola”, explica.
Outra parte fundamental de sua atuação é a música brasileira: “Sempre que estou estudando penso no repertório da música brasileira; a linguagem do violão de 7 cordas no acompanhamento de choro me atrai muito”, destaca. Atualmente Felipe Coelho apresenta o show “Violão e Percussões”, no Jazzinn, com os percussionistas Rodrigo Campos e Alexandre da Maria. O repertório aborda as músicas brasileira e espanhola, e o tango argentino.
O meio digital
Não basta cuidar do meio físico, é preciso trabalhar também no digital, onde acontecem as divulgações das composições e dos shows, e também as aulas on-line que Felipe ministra. Ele conta que suas redes sociais se desenvolveram muito durante a pandemia. Seu canal no Youtube está com quase 10 mil seguidores.
Educação através da música
Atualmente, Felipe tem três impulsionadores de sua música dentro de casa. Ele conta que os filhos: Noah, Vicente e Benjamim, de 5, 6 e 7 anos, deram a ele um papel de responsabilidade que antes não existia. “Antes eu podia errar e hoje eu não tenho esse luxo de correr tantos riscos, preciso ser mais certeiro e eficiente pra fazer render o meu tempo, pois meus filhos precisam muito de mim”.
Felipe conta que utiliza a música como veículo na educação dos meninos. “A música serve tanto como um alimento para a alma, quanto como otimizador da inteligência, pois trabalha com matemática, sensibilidade, memória, coordenação motora, dentre outros”, exemplifica. Ele conta ainda que os quatro já estão montando uma banda juntos e antecipa: “acho possível que eles venham a tocar comigo num futuro próximo”.
Escrito por Gabriela Morateli dos Santos
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