Lagoa da Conceição está fechada para banho, lazer e consumo de pescados

A Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis - FLORAM, junto ao Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina - IMA, informam que a Lagoa da Conceição está imprópria para banho em toda a sua extensão, e portanto, deve-se evitar o contato primário (banho e atividades de lazer), além do consumo de pescados da região.
A Floram e IMA realizaram vistorias durante toda a manhã desta quarta-feira (3), na Lagoa da Conceição, tanto em terra, quanto na água. A vistoria em terra foi focada na área da ETE da Barra da Lagoa (próximo ao Terminal Lacustre do Rio Vermelho), e teve o acompanhamento da CASAN. Na água, foi realizada inspeção visual em diversos trechos da laguna, incluindo o Canal da Barra, especialmente ao longo da margem oeste.
Os pesquisadores do Projeto "Ecoando Sustentabilidade" da UFSC (Laboratório de Ficologia) acompanharam a vistoria embarcada e realizaram coletas com o objetivo de monitorar o afloramento de microalgas que produzem substâncias tóxicas, motivo pelo qual o contato com a água deve ser evitado, conforme comunicado emitido pela Floram e IMA nesta manhã.
"Enquanto essa alga continuar a apresentar concentrações elevadas na água, e não tivermos certeza sobre as possíveis consequências para a saúde humana e do ecossistema da lagoa, por precaução, entendemos que todo o ambiente deve ficar com uso restrito." - ressalta Mariana Coutinho, bióloga da FLORAM e membro do Grupo de Trabalho Especial criado para atender a situação da lagoa.
Floram, IMA e UFSC continuam trabalhando em parceria para tentar compreender os acontecimentos recentes na Lagoa da Conceição e encontrar soluções em curto, médio e longo prazo. Novos comunicados conjuntos devem ser divulgados nos próximos dias, até que a Lagoa retorne a sua normalidade.
Os órgãos seguirão vistoriando a área e monitorando a água para a identificação da causa da mortandade de peixes na Lagoa. Nesta quarta-feira, 03, uma nova análise foi realizada no local, com a presença da UFSC e FLORAM. Os resultados devem sair nos próximos dias.
De acordo com Ricardo Stefanelli, assessor de imprensa da Casan, "os órgãos ambientais estão ainda apurando as causas da mortandade de peixes e por medida de precaução, acharam mais prudente interditar o uso da Lagoa até obter um cenário mais claro nessa investigação. A Companhia tem informado que suas unidades de tratamento continuam operando normalmente e tem desmentido vídeos de populares que, de forma irresponsável, tentam responsabilizar a empresa por uma ação que ela não fez e por uma água escura e avermelhada que não é originária da estação, conforme técnicos ambientais já comprovaram", disse.
Da redação
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