6 dicas para aderir à tendência bedscaping no seu quarto
Nova tendência propõe repensar o dormitório como um espaço de pausa, conforto e reconexão com os sentidos

Os números impressionam: uma pessoa passa, em média, um terço da vida dormindo — o equivalente a cerca de 26 anos, considerando uma expectativa de vida de 80 anos. Além do tempo significativo que passamos no quarto, o ritmo acelerado da vida moderna exige momentos de pausa e reconexão, tornando esse ambiente ainda mais importante para a saúde emocional. É nesse contexto que surge a tendência do bedscaping, que propõe transformar o quarto em um verdadeiro santuário de autocuidado, equilíbrio e serenidade.
Mais que uma estética agradável, o bedscaping é um convite para criar, de forma consciente, um ambiente que estimule os sentidos e proporcione sensações de conforto e tranquilidade. Ao projetar esse espaço, é importante pensar além da sua função básica. “Não é apenas onde dormimos, mas o lugar onde recarregamos a mente, o corpo e o espírito. Por isso, o bedscaping se tornou tão essencial: ele nos lembra da importância de cuidar da estética e da funcionalidade do ambiente”, explica o arquiteto Fabio Lima.
A principal premissa do conceito é simples e relevante: o quarto deve ser o nosso templo particular. Trata-se da arte de compor a cama — e todo o espaço ao redor — de maneira a criar uma atmosfera acolhedora, harmônica e profundamente conectada ao bem-estar.
Nos últimos anos, o minimalismo ganhou força, com a valorização de ambientes limpos, neutros e multifuncionais, voltados à praticidade e ao chamado “silêncio visual”. A proposta era resgatar o controle emocional e a organização dentro de casa. Com a chegada do maximalismo contemporâneo, no entanto, observa-se um movimento complementar: o lar — especialmente o quarto — volta a ser espaço de expressão afetiva. “Camadas de tecidos, almofadas com diferentes texturas, livros, objetos decorativos e cores mais intensas reaparecem com propósito. O bedscaping atua como uma ponte entre esses dois mundos: é possível ter um quarto acolhedor e visualmente rico, sem que ele se torne caótico ou cansativo”, complementa Fabio.
O arquiteto enumera algumas orientações práticas, dentro da proposta do it yourself, sempre com a premissa de que o equilíbrio é fundamental. “Compor com intenção, sem excessos gratuitos”, resume o especialista.
Sensações que os materiais provocam: Tecidos naturais, como linho e algodão, conferem leveza e frescor. Mantas, sobreposições e almofadas criam camadas visuais que convidam ao toque e ao descanso. A escolha da roupa de cama deve ser tão criteriosa quanto a de um sofá ou cortina — afinal, está em contato direto com o corpo.
O papel das cores: Tons suaves, terrosos e neutros, como areia, argila, verde oliva ou off-white, remetem à natureza e acalmam o olhar. “Se você é mais ousado, recomendo tons mais profundos dessa paleta. Vale lembrar que o bedscaping é sobre intenção e sensações”, reforça o arquiteto.
A iluminação como aliada: Luzes indiretas, como abajures com luz amarelada, arandelas ou fitas de LED atrás da cabeceira, criam uma atmosfera intimista. O ideal é contar com mais de uma fonte luminosa, com intensidades diferentes, adequadas a cada momento — da leitura ao relaxamento.
Texturas, aromas e silêncio: o templo sensorial: Um quarto acolhedor deve estimular positivamente todos os sentidos. Tapetes felpudos, cortinas que filtram a luz com suavidade, difusores com aromas como lavanda ou cedro e até o som — ou sua ausência — compõem essa experiência sensorial. Cada detalhe ajuda a transformar o ambiente em um verdadeiro refúgio.
O que evitar: Iluminação fria e direta, excesso de cores vibrantes, acúmulo de objetos sem função definida e eletrônicos em destaque, como TVs, cabos e carregadores expostos. Esses elementos geram distrações e aumentam a exposição à luz azul, prejudicando o descanso.
“Se eu pudesse dar uma dica de ouro, seria: respeite a sua essência. O quarto não deve seguir tendências de forma cega, mas refletir a personalidade, as memórias e o ritmo de quem vive naquele espaço. Uma peça de família, um quadro querido, um livro na mesinha são detalhes que transformam o ambiente em um “templo pessoal”. O bedscaping não é um estilo, mas uma abordagem que deve conversar com seu gosto e estilo de vida”, finaliza Fabio.
Da redação
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