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Totens ajudam a entender a obra de despoluição da Beira-Mar Norte

A garantia da balneabilidade da Beira-mar está centrada basicamente na coleta do esgoto lançado irregularmente em 20 canais de drenagem (Foto: Hermann Byron)

Publicado em 12/06/2018

A CASAN está instalando ao longo do calçadão da Avenida Beira- Mar Norte um conjunto de totens que explicam como o Projeto de Balneabilidade vai despoluir a região, devolvendo-a ao lazer. Instalados em três pontos ao longo da avenida, os totens ajudam a população a entender que obra é essa que está sendo realizada desde março na orla de Florianópolis e que pretende despoluir o trecho da praia mais central da cidade.

Serão instalados três conjuntos de totens, com três equipamentos cada um deles. O primeiro mostra “O Projeto” de despoluição, o segundo mostra “As Causas” da contaminação da região e o terceiro traz “As Soluções” apresentadas pela área de engenharia da Companhia.

Os primeiros dois conjuntos de totens já estão instalados. Um está nas proximidades do trapiche e o outro em frente ao bar Koxixos, perto da Ponta do Coral. Um terceiro conjunto será instalado ao longo desta semana junto à Estação Elevatória de Esgoto que fica bem no meio da avenida, no local mais conhecido com Bolsão da CASAN. Ali será construída a estação que vai tratar a água misturada com esgoto que atualmente é jogada na Baía.

CRONOGRAMA DA OBRA

Dos 3,5 quilômetros de rede previstos para serem implantadas sob a Avenida Beira-Mar Norte, dentro do projeto de despoluição daquela área de Florianópolis, mais de 2 quilômetros já foram instalados, fazendo com que a obra esteja com seu cronograma avançado. 

Em execução desde 15 de março, a obra vai tornar balneável a praia entre a Guarnição de Buscas e Salvamento do Corpo de Bombeiros (próximo à ponte Hercílio Luz) e a Ponta do Coral. O investimento no projeto é de R$ 17 milhões, com recursos da CASAN e governo do Estado. O projeto de despoluição da Beira-Mar Norte, executado pelo consórcio CFO-FAST, conta com a parceria da Prefeitura Municipal.

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O PROJETO

A ação está focada no controle dos poluentes conduzidos pela rede de drenagem (a rede de águas das chuvas que acaba carregando também o esgoto lançado irregularmente por alguns imóveis). Por isso que a rede implantada sob o solo e interligada nas bocas de saída da rede de drenagem vai coletar as impurezas e conduzi-las até a Unidade Complementar de Recuperação Ambiental (URA), que está sendo construída junto ao Bolsão da CASAN. A URA Beira-Mar vai tratar a água contaminada da rede de drenagem e lançar ao mar efluente livre de coliformes fecais.

Cada uma das saídas da rede de drenagem pluvial (tubulações de cimento) receberá um sistema próprio de captação e bombeamento. Serão 15 pequenas estações elevatórias conduzindo a mistura de chuva com esgoto até a URA Beira-Mar. Desinfetada e clarificada, a água será lançada na Baía Norte.

POLUIÇÃO LOCALIZADA

Apesar de a área central de Florianópolis contar com 100% de rede de coleta e tratamento de esgoto, diferentes fatores causam a poluição daquela área de praia. Entre eles, a ocupação desordenada e o alto adensamento urbano. Para agravar, o Programa Floripa se Liga na Rede estima que cerca de 50% dos imóveis da região apresentam alguma irregularidade na instalação à rede pública de esgoto.

Esse conjunto de fatores faz com que os canais pluviais arrastem com a água da chuva uma alta carga de esgoto, gerando a contaminação que impede o banho de mar na zona mais populosa da Capital.

Análises realizadas pelo Laboratório de Efluentes da CASAN mostram que a aproximadamente 200 metros da areia da praia a água já se apresenta dentro dos parâmetros de balneabilidade da FATMA. Essa boa condição da água comprova que a poluição da Baía está concentrada, localizada junto às galerias de água da chuva. “Solucionado estes focos, a balneabilidade poderá ser recuperada”, diz o engenheiro Alexandre Trevisan, da Gerência de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da CASAN.

 

Da Redação