Sua conexão não é particular: seis dicas para acessar redes wi-fi com segurança
O brasileiro adora a internet e, na falta de um 3G ou podendo economizar o plano de dados, a busca por um wi-fi é prioridade. Hoje, muitos estabelecimentos oferecem o serviço gratuitamente, e ainda existem hotspots em praças, parques e outros lugares públicos. No entanto, especialistas alertam para cuidados e precauções que devem ser tomadas ao entrar em uma rede de wi-fi desconhecida, ainda que ela pareça familiar para você.
Guilherme Valente, Diretor de Produtos da FS, empresa de segurança digital, explica que existem dois cenários de vulnerabilidade em relação ao wi-fi: a segurança frágil de redes wi-fi, que podem ser facilmente acessadas por um invasor, e a credibilidade dessa rede, ou seja, quem é o responsável pelo serviço e o ambiente que você está utilizando.
No primeiro caso, todos os dispositivos conectados em uma mesma rede de wi-fi estão tecnicamente conectados. Não precisa ser muito experiente em programação para acessar os outros dispositivos da rede. Neste caso, o invasor não consegue visualizar os dados inseridos na internet, mas consegue ter acesso às suas conexões e dependendo do dispositivo aos arquivos (assim como funciona nas redes corporativas). No segundo caso, como explica Guilherme, "o hacker pode simular uma rede confiável" e induzir a pessoa a se conectar ao wi-fi dele "ao invés de você fazer requisições ao servidor, você envia as informações diretamente para o hacker, como senhas e números de cartões de crédito, por exemplo".
Segundo o especialista, redes de wi-fi totalmente grátis são um convite à conexão, e é comum usarem nomes de conhecidos, como restaurantes ou locais públicos, para parecerem uma conexão confiável e atrair vítimas. Para evitar cair nesse tipo de cilada, o executivo compartilha algumas dicas de segurança.
Confira:
- Desconfie de um wi-fi totalmente grátis: Quanto mais fácil for o acesso, menor a sua credibilidade. Estabelecimentos comerciais normalmente oferecem o serviço aos seus clientes mediante login e senha no momento da compra, o que limita o uso do wi-fi. No caso de serviços públicos, procure saber com algum responsável do local qual é o wi-fi correto.
- Acesse apenas o básico: Como não há garantia de que o wi-fi aberto é seguro, caso seja necessário logar, acesse apenas sites básicos e evite inserir informações ou acessar sites sensíveis enquanto estiver nesta rede, como senhas de e-mail e internet banking.
- Use uma VPN Confiável: A VPN (sigla em inglês para Rede Privada Virtual) é uma rede que estabelece uma conexão segura entre você e o servidor, transportando a informação por uma espécie de "túnel" cuja interceptação não é possível. VPN são relativamente conhecidas, porém muitas pessoas optam por fazer o download na internet, o que também pode ser um problema. "Nada é de graça", lembra Guilherme. "Se a VPN é gratuita, quem está oferecendo está ganhando algo em troca, pode ser seus dados ou seu e-mail para vender um mailing".
- Esqueça a rede: Desative a conexão automática da rede assim que terminar de utilizá-la. Dessa maneira você evita que seu celular ou computador conecte-se a ela novamente sem você perceber.
- Wi-fi privados também contém brechas: A tendência é confiar num wi-fi da casa de um amigo, por exemplo. No entanto, é importante verificar quem tem acesso àquela rede e se a senha é forte o bastante para mantê-la segura. Lembre-se, todas as pessoas que compartilham o wi-fi com você têm acesso direto às suas conexões ou ao seu dispositivo.
- Troque a senha de fábrica do roteador: Muitas companhias de telecomunicações estabelecem códigos seguindo uma lógica. Qualquer pessoa com conhecimentos de programação pode, facilmente, deduzir a sua senha e acessar sua rede, roubando seu sinal ou acessando suas comunicações.
- Cibercriminosos estão constantemente se atualizando e buscando novas formas de acessar arquivos alheios, portanto é importante que você também se atualize e dificulte a vida deles.
Da redação