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Setembro Verde: Campanha de Prevenção do Câncer de Intestino em Santa Catarina

Estima-se que em 2018 a doença será o segundo tumor mais incidente em mulheres no Brasil, com cerca de 18.980 casos, perdendo apenas para o câncer de mama (Foto: Reprodução)

Publicado em 18/09/2018

A Sociedade Catarinense de Proctologia, o Capítulo Catarinense da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva e a Sociedade Catarinense de Gastroenterologia em parceria com clínicas médicas de Florianópolis, estão engajadas na Campanha Setembro Verde. O principal objetivo é alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de intestino e reto (CCR).  Estima-se que em 2018 o CCR será o segundo tumor mais incidente em mulheres no Brasil, com cerca de 18.980 casos, perdendo apenas para o câncer de mama. Em homens é a terceira causa de câncer com estimativa de 17.380 casos registrados. 

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, as taxas de incidência são maiores nas regiões Sul do Brasil. Uma das explicações para este aumento é que tradicionalmente há o predomínio do consumo de carnes vermelhas e gordurosas. Uma das melhores maneiras de se fazer a prevenção é através da polipectomia (retirada de pólipos - lesões pré-cancerígenas). Procedimento realizado através de uma colonoscopia. Este exame traduz-se no mais completo procedimento de screening, pois permite avaliação de todo intestino através de uma câmera.  A realização do exame mostra significante impacto, com estimativa maior que 50% da redução de incidência de câncer e também da mortalidade. Cerca de 90% dos pacientes com doença inicial estão vivos em 5 anos. Essa porcentagem diminui à medida que o diagnóstico é feito em estágios mais avançados, chegando apenas a 13% para aqueles com doença a distância, como no fígado e pulmões. Pacientes diagnosticados precocemente não necessitam de tratamentos mais intensos, como radioterapia e quimioterapia, por exemplo. Sobre o screening, de maneira geral, o que se indica é a realização da colonoscopia na população que está sob maior risco, as pessoas com mais de 50 anos.

Há outros fatores de risco individuais como história familiar de câncer, presença de doenças inflamatórias intestinais e/ou mutações genéticas e obesidade. Nesses casos, pode-se ter a indicação mais precoce do exame, mas tais fatores devem ser avaliados individualmente em consultas.

* Por Maria Cecília de Lucena Araújo, Médica oncologista

Da redação

Maria Cecília de Lucena Araújo – Médica oncologista