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Os servidores municipais decidiram pelo fim da greve, que já durava 38 dias, em assembleia realizada nesta quinta-feira (23). A grande maioria dos participantes votou pelo fim da greve, com apenas nove votos contrários. Os serviços que estavam paralisados voltaram a funcionar nesta sexta-feira.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem), Alex dos Santos, declarou que os servidores saíram da greve com a sensação de que a luta vale a pena. "Nós resistimos contra a retirada dos nossos direitos e na defesa do serviço público". Santos foi o responsável por explicar à categoria as diretrizes do acordo assinado entre o sindicato e a prefeitura, com mediação feita pelo Tribunal de Justiça. 

Entre os ganhos da negociação, está volta da incorporação para aposentadoria das gratificações inerentes aos cargos, o que representa 95% dos casos, retorno do plano de carreira, cargos e salários (PCCS), que havia ficado suspenso após a aprovação do pacotão na Câmara em janeiro, as horas extras -agora, elas passam a ter o valor de 50%, mas são vinculadas à remuneração total e não mais ao vencimento-base e a recuperação do anuênio e do triênio, mediante a garantia de não haver mais de duas faltas injustificadas por ano.

O retrocesso do acordo foi a diminuição do período da licença-prêmio de 90 dias para 45, além de estar vinculada a um curso de capacitação. Além disso, os grevistas terão de repor 52,5% das horas não-trabalhadas, com a garantia de não haver descontos nos salários. 

O Executivo se comprometeu a enviar até a data-base da categoria um cronograma para a implementação das implicações financeiras.  Apesar da orientação pelo fim da greve, na hora da avaliação do movimento, os dirigentes sindicais criticaram duramente a prefeitura, que, segundo eles, aproveitou o pacotão "goela abaixo", sem discussão com os servidores. 

Da Redação