Reserva financeira: 6 dicas para guardar dinheiro
O cenário de incertezas gerado pela pandemia da Covid-19 desestabilizou a vida financeira de muita gente, é o que reforça a pesquisa da fintech Acordo Certo - empresa de renegociação de dívidas 100% online com foco no bem-estar financeiro do consumidor - que identificou que 56% dos consumidores possuem dificuldades em guardar dinheiro. A pesquisa online foi realizada com mais de 1,5 mil respondentes em janeiro de 2021.
Ainda de acordo com o levantamento, há também a dificuldade de fazer um planejamento financeiro para organizar as contas, segundo 50% dos respondentes. Para Thales Becker, CMO (Chief Marketing Officer) da Acordo Certo, o planejamento financeiro é o primeiro e principal passo para conseguir fazer uma reserva de dinheiro.
“A educação financeira é imprescindível na vida das pessoas que não possuem o hábito de poupar, afinal, é ela que apoia financeiramente os momentos de imprevisibilidade. Claro que ninguém prevê perder um emprego ou ter gastos extras com medicamentos, isso é um fato. Mas se criarmos aos poucos uma rotina de reservar dinheiro todos os meses, ao final, esse valor fará grande diferença ao lidar com uma situação inesperada", afirma Thales.
O profissional ainda listou 6 dicas de educação financeira para ajudar as pessoas a criarem uma reserva financeira emergencial:
Organize-se!
O primeiro passo é analisar o orçamento mensal detalhadamente com o objetivo de identificar os gastos essenciais. Só a partir disso é possível organizar as dívidas em atraso, por exemplo. Além disso, é nesse momento que conseguimos observar juros, prazos de pagamento e identificar se as parcelas estão com valores praticáveis ou se não seria melhor tentar uma renegociação. Após essa análise, para maior praticidade, é importante colocar todas as informações em uma planilha ou aplicativo, para uma melhor visualização e organização.
Afinal, para onde está indo seu dinheiro?
Após entender todos os gastos, um método que pode ajudar a entender melhor como estão sendo distribuídas as finanças é a regra do 50-30-20. É ela que auxilia a estabelecer uma proporção mensal para cada um dos tipos de gastos. Algo como:
- 50% para os gastos burocráticos ou fixos (aluguel, parcela do carro, conta de luz, etc);
- 30% para os gastos flexíveis ou de qualidade de vida (compras de mercado, remédios, delivery, etc);
- 20% para os investimentos no futuro, construção da reserva de emergência e quitação de dívidas.
O ideal é fazer esses cálculos entendendo quanto essas porcentagens representam no orçamento mensal familiar para manter esses valores sempre em mente. Assim, fica mais fácil priorizar como investir o dinheiro.
Investir primeiro? Sim!
Quando o salário é mensal, o mais comum para as pessoas é pagar primeiro todos os gastos fixos e, em seguida, partir para os gastos flexíveis. Por último, se sobrar, os investimentos no futuro. Mas a lógica ideal é exatamente a inversa: investir deve estar em primeiro lugar. Afinal, caso ocorra imprevistos, a pessoa não será pega de surpresa e já terá sua reserva emergencial para suprir os déficits financeiros.
Em quanto tempo tenho uma reserva emergencial?
De modo geral, é importante recolher entre três a seis meses de custos fixos, pois isso dá maior segurança em casos inesperados, No entanto, é claro, quanto maior for essa reserva, maior a segurança que ela trará. No caso de pessoas que têm uma remuneração variável, é importante que a reserva seja ainda maior por não contar com auxílios, como o seguro desemprego e o fundo de garantia, para conseguir manter o pagamento de suas contas.
Planeje o lazer
Um ponto importante a se destacar é que é recomendado planejar também os gastos com lazer. Uma viagem com a família, passeios ou entretenimento são gastos que podem parecer supérfluos, mas que podem trazer um impacto positivo na saúde mental das pessoas. Além disso, ao planejar um valor para despesas com lazer, você evita gastar por impulso, o que prejudica o bem-estar financeiro.
Aplique o dinheiro
A preservação do valor da reserva pode garantir um crescimento na quantia, se bem aplicada, protegendo seu pé-de-meia da inflação e ainda rendendo. A sugestão é escolher por uma opção de investimento com rendimento acima da poupança, com liquidez diária (ou seja, o valor pode ser resgatado sem perdas imediatamente caso surja um imprevisto) e que tenham um baixo risco, para se proteger das oscilações do mercado.
Da redação
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