Prevenção digital para idosos entra em pauta na Alesc

Com o crescimento dos crimes virtuais que atingem especialmente a população idosa, um novo projeto de lei apresentado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina busca estabelecer uma campanha contínua de orientação e prevenção contra fraudes digitais. A proposta é de autoria do deputado estadual Antídio Lunelli, que destaca a necessidade urgente de garantir mais segurança a esse grupo diante do avanço da digitalização.

O Projeto de Lei nº 0522/2025 cria a Campanha Estadual de Orientação aos Idosos contra as Fraudes e os Golpes no Comércio Eletrônico e na Internet. A ideia central é promover, ao longo do ano, ações educativas permanentes voltadas à proteção dos idosos contra golpes cada vez mais sofisticados.

As iniciativas previstas incluem cursos, cartilhas informativas e vídeos explicativos, com linguagem adaptada à realidade desse público. Segundo o texto, as ações serão reforçadas anualmente na semana do Dia Nacional e Internacional do Idoso, celebrado em 1º de outubro.

Entre os crimes mais comuns contra idosos estão os golpes do falso parente ou do Pix, em que a vítima é convencida a transferir dinheiro acreditando estar ajudando um familiar; ligações de supostos atendentes bancários solicitando senhas; sites falsos de venda online; e links enviados por WhatsApp ou e-mail que roubam dados pessoais e bancários. Também são frequentes as contratações irregulares de empréstimos consignados feitas sem o consentimento do idoso.

Além das fraudes digitais, o projeto também se propõe a enfrentar dois tipos de violência financeira: a pessoal, muitas vezes praticada por familiares que se apropriam indevidamente de cartões e benefícios; e a institucional, quando bancos e financeiras contratam produtos sem prestar esclarecimentos adequados ao cliente idoso.

Para ampliar o alcance da campanha, o projeto prevê que o governo estadual possa firmar parcerias com entidades da sociedade civil e empresas privadas. A divulgação será realizada em locais estratégicos, como postos de saúde, centros de referência da assistência social (CRAS), agências bancárias, igrejas e clubes da terceira idade, além de veículos tradicionais como rádio e televisão.

“Informar, orientar e proteger é o caminho. Muitos idosos ainda têm dificuldades no uso da tecnologia e acabam se tornando alvos fáceis para criminosos. Precisamos garantir que eles envelheçam com mais dignidade e segurança”, defendeu o deputado Lunelli. A proposta agora segue para análise nas comissões permanentes da Alesc.

Da redação

Fonte: RCN

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