Polícia Civil comemora balanço positivo em 2018 e lança programa 'PC por Elas'
Com a presença do governador Eduardo Pinho Moreira e do secretário de Estado da Segurança Pública, Alceu de Oliveira Pinto Júnior, a Polícia Civil divulgou nesta terça-feira, 18/12, um balanço com os números alcançados ao longo de 2018. Coube ao delegado-geral da corporação, Marcos Flávio Ghizoni Jr., apresentar os dados considerados bastante positivos, com uma queda de 22,1% nos homicídios no Estado. Em todo o ano, a Polícia Civil apreendeu 3,8 mil armas, 39 mil projéteis, 16,1 toneladas de droga, realizou 21,2 mil prisões em flagrante e cumpriu 4,6 mil mandados de busca e apreensão e 5,2 mil mandados de prisão.
Na visão do governador, que aumentou o investimento anual na corporação para R$ 60 milhões — contra R$ 49 milhões em 2017 —, o trabalho realizado pela Polícia Civil de Santa Catarina é motivo de orgulho e necessita de uma valorização constante. Segundo Moreira, a redução da criminalidade no ano corrente ocorreu por conta do esforço de integração das forças de segurança, com participação decisiva do setor de Inteligência. “A Polícia Civil é uma instituição que orgulha os catarinenses e que realiza um trabalho extraordinário, por isso essa redução significativa da criminalidade. E esse é um trabalho que não para”, afirmou o governador.
Em sua fala no auditório da sede da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), o delegado Ghizoni agradeceu a confiança depositada pelo governador e afirmou que não restam dúvidas de que foi possível reprimir, ao longo de 2018, uma onda de violência que pairava sobre o estado nos últimos anos:“Nesses últimos dez meses, cumprimos aproximadamente 1,5 mandado de busca e apreensão por hora. É um dado estarrecedor, que mostra a efetividade do trabalho realizado. O que nós apresentamos hoje são dados concretos”.
Polícia Civil por Elas
A solenidade dessa terça-feira também marcou o lançamento do programa “Polícia Civil por Elas”, um conjunto de ações que promove acolhimento e acompanhamento de mulheres em situação de vulnerabilidade social e que sofreram violência doméstica. O programa será levado a todas as regiões do Estado por meio das DPCAMI (Delegacias de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso). “Este é um trabalho exemplar para todo o país. Tivemos uma queda no número de feminicídios em 2018 e todos já estão com a autoria apurada. Esse trabalho de afinamento e prevenção passa a ser cada vez mais importante, afirmou o secretário Alceu.
A delegada Patrícia Maria Zimmermann D´Ávila, coordenadora das DPCAMI no Estado, disse que o programa tem por objetivo propiciar um novo olhar sobre o enfrentamento da violência contra a mulher. “Nós buscamos, por meio da escuta humanizada, o atendimento digno em um local adequado. Precisamos fazer com que a mulher rompa o silêncio e crie coragem para denunciar a violência que ela sofre e fazer esse enfrentamento, com grupos de mulheres”, disse a delegada.
A coordenadora das DPCAMI também salientou que haverá a criação de grupos de conversa com homens agressores, visando espaço para reflexão e mudança comportamental. Além disso, ocorrerá o acompanhamento das vítimas e um trabalho de orientação em escolas, visando uma redução futura dos índices.
Lançamento de livro e assinatura de convênio
O evento no auditório da SSP também marcou o lançamento do livro Segurança Pública, Sociedade e Sustentabilidade, que reúne artigos sobre o assunto, e a assinatura do convênio com universidades para a adesão à Rede Interativa de Ensino, Pesquisa e Inovação da Segurança Pública (Renasp). “São trabalhos em paralelo, que darão suporte para muitas ações práticas que serão realizadas no futuro”, explicou o secretário Alceu.
Da redação