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Novo exame de HPV chega ao SUS e amplia prevenção

Novo exame de HPV chega ao SUS e amplia prevenção
Mais rápido e sensível que o Papanicolau, o novo teste permite detectar alterações precoces e iniciar tratamento antes do surgimento de lesões visíveis. (Foto: Freepik)

Publicado em 20/08/2025

O Sistema Único de Saúde (SUS) começou a oferecer um novo teste para o rastreamento do câncer de colo do útero. Trata-se do DNA-HPV, exame molecular que identifica diretamente o vírus responsável pela maioria dos casos da doença e que substituirá gradualmente o tradicional Papanicolau. Mais preciso e rápido, o método já está disponível em 12 estados e promete modernizar a saúde pública feminina no Brasil.

A coleta permanece semelhante à do exame convencional, mas a análise é feita a partir do DNA do papilomavírus humano. Essa tecnologia aumenta a sensibilidade do diagnóstico, permitindo detectar alterações até dez anos antes de se tornarem visíveis em lâmina. O resultado é a possibilidade de iniciar tratamentos mais cedo e ampliar as chances de cura.

Vantagens em relação ao Papanicolau

Entre os principais diferenciais do novo teste estão o intervalo maior entre os exames — a cada cinco anos, contra três do Papanicolau — e a possibilidade de reutilizar a mesma amostra, o que reduz a necessidade de repetições. Além disso, a eficiência do método contribui para evitar procedimentos desnecessários.

Segundo o Ministério da Saúde, a implementação só foi possível graças à estrutura de biologia molecular instalada durante a pandemia. “Essa rede agora será usada também para o diagnóstico do HPV, reduzindo a espera pelos resultados e permitindo que o tratamento comece mais rápido”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Onde já está disponível

O DNA-HPV já começou a ser oferecido no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Bahia, Pará, Rondônia, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal. A meta é de que, até o fim de 2026, o exame chegue a todas as regiões do país, beneficiando cerca de 7 milhões de pessoas por ano.

Quem pode realizar

O público-alvo inclui mulheres cis de 25 a 64 anos, além de homens trans, pessoas não binárias, de gênero fluido e intersexuais com sistema reprodutivo feminino. O acesso ao exame ocorre durante as consultas ginecológicas de rotina nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Prevenção continua essencial

Apesar do avanço, especialistas reforçam que a principal forma de evitar o câncer de colo do útero continua sendo a vacina contra o HPV. Disponível gratuitamente no SUS, ela é aplicada em dose única em meninas de 9 a 14 anos, meninos de 11 a 14 e, em casos específicos, em pessoas imunossuprimidas até os 45 anos.

Impacto para a saúde pública

Com apoio do Instituto Nacional de Câncer (INCA), da Fiocruz e do Hospital Israelita Albert Einstein, a implantação do novo exame é considerada um marco para a saúde da mulher no Brasil. Somada à vacinação em massa, a estratégia deve acelerar a queda nos índices de câncer de colo do útero, uma das doenças mais incidentes e letais entre mulheres no país.

 

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Da redação

Fonte: RCN

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