Mulheres têm mais chance de ter um AVC
Nesta terça-feira, 24/01, a ex-primeira dama Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Lula, foi internada depois de sofrer um acidente vascular cerebral hemorrágico. No Brasil, o Acidente Vascular Cerebral (AVC), ou derrame cerebral como é popularmente conhecido, é a segunda principal causa de morte e a principal causa de incapacidade no mundo, segundo a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.
Os números do Ministério da Saúde são impressionantes: o AVC é a causa da morte de mais de 100 mil brasileiros por ano; no mundo, esse número chega a seis milhões.
Atenção, mulheres!
O cardiologista Anis Mitri, alerta as mulheres, as mais afetadas pelo AVC. Ele explica o quanto os hábitos do dia a dia são importantes na prevenção da doença. “Grande parte do aumento na taxa destas doenças em mulheres deve-se aos péssimos hábitos de vida que adotamos atualmente. O alto índice de consumo de alimentos industrializados, as poucas horas de sono, que podem levar à obesidade, o uso prolongado de hormônios sintéticos contidos no anticoncepcional e, por fim, a vida sedentária com quase nenhuma prática de atividade física é a cereja do bolo nestas condições catastróficas”, explica o especialista.
Causas e prevenção
Alguns dos fatores de risco do AVC não podem ser modificados como idade, genética e sexo. Já outros comohipertensão arterial – a conhecida pressão alta –, diabetes, doenças cardíacas, enxaqueca, ingestão de bebidas alcoólicas, fumo, entre outros, podem ser diagnosticados e tratados.
De acordo com o Ministério da Saúde, o ideal é adotar hábitos saudáveis para a vida. “Fazer um check up e uma visita anual ao cardiologista também é importante”, complementa Mitri, que contou uma peculiaridade das mulheres: “64% das que infartam ou têm AVC nunca apresentaram sequer algum sintoma de doenças cardiovasculares”.
Da Redação