Mercado vê leve alívio na inflação
 
		
		
		
		As expectativas do mercado financeiro para a inflação em 2025 caíram novamente, ainda que de forma tímida. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,1% para 5,09%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (28) pelo Banco Central. Este é o nono recuo consecutivo nas previsões dos analistas.
Apesar da melhora nas expectativas inflacionárias, a projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano permaneceu estável em 2,23%. Para os próximos anos, as instituições financeiras esperam uma expansão mais moderada do Produto Interno Bruto (PIB): 1,89% em 2026, e 2% em 2027 e 2028.
Selic elevada gera alerta no mercado
Enquanto a inflação cede, a taxa básica de juros segue em níveis elevados. Atualmente fixada em 15% ao ano, a Selic tem sido o principal instrumento do Banco Central para conter a alta dos preços. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa foi elevada em 0,25 ponto percentual — o sétimo aumento seguido — contrariando parte do mercado, que esperava a manutenção do índice.
Em ata recente, o Copom sinalizou que poderá manter a Selic nesse patamar por mais tempo, embora não descarte novos ajustes para cima caso a inflação volte a acelerar. A próxima reunião do comitê está marcada para esta terça (29) e quarta-feira (30).
Analistas estimam que a Selic se mantenha em 15% até o fim de 2025, com recuo gradual nos anos seguintes: 12,5% em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
Meta estourada por seis meses
Mesmo com o alívio recente, a inflação acumulada em 12 meses segue acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Em junho, o IPCA ficou em 0,24%, influenciado pela queda nos preços dos alimentos e pela alta na energia elétrica. Ainda assim, o índice acumulado chegou a 5,35%, superando pelo sexto mês consecutivo o limite superior da meta, de 4,5%.
Com o novo regime de metas adotado em 2024, a ultrapassagem por seis meses já caracteriza descumprimento. Nesses casos, o presidente do Banco Central deve enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda explicando os motivos, as ações planejadas e o prazo estimado para retorno aos limites.
Para os anos seguintes, as previsões do mercado indicam leve desaceleração: 4,44% em 2026, 4% em 2027 e 3,8% em 2028. A meta central de inflação para todos esses anos é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
PIB cresce puxado pelo agro e dólar sobe
A economia brasileira iniciou 2025 com avanço de 1,4% no primeiro trimestre, segundo o IBGE, impulsionada principalmente pelo desempenho da agropecuária. Em 2024, o país teve crescimento de 3,4%, mantendo a tendência positiva iniciada em 2021 — ano em que o PIB avançou 4,8%.
A taxa de câmbio, por sua vez, deve encerrar o ano com o dólar cotado a R$ 5,60. Para 2026, a expectativa é de que a moeda americana suba ainda mais, fechando o ano em R$ 5,70.
Juros altos e impactos na economia
Com a Selic em patamar elevado, o crédito tende a encarecer, desestimulando o consumo e a produção. A medida visa reduzir a pressão sobre os preços, mas também pode restringir o crescimento econômico. Isso porque, além da taxa básica, os bancos levam em consideração fatores como risco de inadimplência e despesas operacionais na hora de calcular os juros cobrados dos consumidores.
Em contrapartida, quando a Selic é reduzida, o efeito costuma ser o oposto: mais crédito, maior consumo, estímulo à atividade produtiva — e, por consequência, menor controle sobre a inflação.
Da redação
Fonte: RCN
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