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Manifestação questionando terrenos de marinha na Trindade reuniu 110 moradores

Evento ocorreu no sábado (13). Aproximadamente 3 mil famílias do bairro podem perder a propriedade de seus imóveis. Foto: Raul Schmitt

Publicado em 15/04/2019

Com a proposta de mobilizar e conscientizar a população do bairro Trindade, a Associação dos Atingidos pela Demarcação dos Terrenos de Marinha na Trindade (ATMT) promoveu uma manifestação no último sábado (13), na Rua Lauro Linhares. O evento reuniu 110 moradores vestidos de preto e munidos de cartazes e faixas questionando a demarcação e exigindo a extinção dos terrenos de marinha.

O protesto já previu os novos atos do Governo Federal sobre o fato, inclusive a emissão das notificações aos moradores. “Antes nos mobilizávamos a cada movimento do Estado. Agora, pela primeira vez desde 2005, quando começou a nossa luta, estamos sendo proativos para estarmos preparados para defender os nossos direitos”, explica Elisete Pacheco, presidente da ATMT.

O próximo passo da associação é promover uma reunião aberta dos moradores atingidos pelos terrenos de marinha. O evento ocorrerá no próximo dia 24 de abril (quarta-feira), às 19 horas, na Escola Pública Estadual Simão José Hess (Rua Madre Benvenuta, 463 - Trindade).

Discussão sobre terrenos de marinha ocorre desde 2005

Florianópolis discute desde 2005 a situação da nova demarcação dos terrenos de marinha sem que nada até o momento tenha sido definido. A cada dia aparecem novidades sobre o caso, como a possibilidade de cerca de 3 mil famílias moradoras do bairro Trindade terem seus imóveis notificados como terrenos de marinha, uma vez que em 2015 a SPU terminou o processo administrativo de demarcação da cidade.

Com base nos mapas divulgados no site da Prefeitura de Florianópolis (Geoprocessamento), a Associação de Atingidos por Terreno de Marinha do Bairro Trindade (ATMT) mapeou 99 lotes e 30 condomínios do bairro como afetados pela nova demarcação de terreno de marinha.