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Deic prende cinco pessoas envolvidas nos ataques às delegacias no Norte da Ilha

(Foto: Divulgação)

Publicado em 10/02/2017

Cinco pessoas foram presas no Norte da Ilha, em Florianópolis, pela Polícia Civil durante operação coordenada pela Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco), da Diretoria Estadual de Investigação (Deic) de Santa Catarina, no final da tarde desta quinta-feira, 9. Os detidos são suspeitos pelos ataques com tiros à 7ª DP de Canasvieiras e à 8ª DP dos Ingleses. 

Os presos , quatro homens e uma mulher, com idades entre 18 e 33 anos, são integrantes de organização criminosa vinda de fora do Estado. Foram apreendidos celulares com mensagens de conteúdo da organização criminosa. Na ação, foram envolvidos cerca de15 policiais civis. 

Durante entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, 10, o delegado da Draco, Antônio Cláudio Seixas Joca, informou que desde novembro foram iniciadas algumas linhas de investigação, sendo que uma delas foi do grupo criminoso com atuação forte no Norte da Ilha e na região do Monte Cristo. 

Conforme Joca, a partir do primeiro ataque na noite de quarta para quinta-feira, nas delegacias, toda equipe da Draco foi acionada e já se iniciou um trabalho de monitoramento em conjunto com a equipe da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc). A motivação aos ataques seria o pedido de transferências de presos de diferentes penitenciárias do Estado para a unidade de Canhanduba, em Itajaí.

Na tarde de quinta-feira, 9, foi localizado o mandante dos atentados e, com ele, outros envolvidos. Eles estavam escondidos em uma casa na Vargem do Bom Jesus, no Norte da Ilha. A equipe prendeu um homem e uma mulher ainda em casa, e logo após foram presos os outros três suspeitos que tentaram fugir. Dois dos cinco detidos já tinham mandado de prisão em aberto. Um deles por participação em dois homicídios e outro por sentença condenatória no Rio Grande do Sul. 

“Todos foram autuados em flagrante por participação na organização criminosa e outros crimes como danos a patrimônio público, resistência, desobediência e favorecimento pessoal. O mandante, que foi preso, já tinha a participação em diversos crimes na região da Grande Florianópolis. Ele é do Paraná, já cumpriu pena na penitenciária federal de Mossoró e vinha articulando diversas ações, com participação direta e indiretamente nos homicídios do Norte da Ilha. Ele é apontado com a principal liderança de rua da facção e foi quem ordenou os ataques”, explicou Joca.

O grupo também é suspeito de envolvimento em outros ataques promovidos nas últimas semanas, como em Joinville e Balneário Piçarras. “Nada está descartado. É uma rede articulada, eles mantêm comunicação constante uns com os outros”, afirmou.

"A preocupação com a segurança é um processo que está no Brasil inteiro, que nos desafia. Temos feito reunião de avaliação diariamente, nosso pessoal está em alerta. Vamos dentro de alguns dias tomar a decisão de chamar mais policiais para integrar nossa força de segurança e fortalecer a Segurança Pública. Estamos reagindo com qualidade e força conforme a necessidade e o Estado está preparado para cumprir com a lei e ordem”, afirmou o governador Raimundo Colombo.

O delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Artur Nitz, enfatizou que a Polícia Civil trabalha incansavelmente em defesa da população catarinense. “O Estado não vai se prostrar diante dessas organizações. Toda e qualquer ação será reprimida e tentaremos coibir de todas as formas. A rapidez que o caso foi resolvido mostra o trabalho de investigação bem realizado. Várias outras investigações estão andamento em todas as divisões de investigação espalhadas pelo Estado”, disse.

 

 

Da Redação