Cultivo de moluscos: novas liberações e interdições são anunciadas no Estado
Nessa sexta-feira, 30, a Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural anuncia a liberação dos cultivos de moluscos da Fazenda da Armação, no município de Governador Celso Ramos. A partir de agora já está permittido retirar e comercializar ostras e mexilhões inclusive nos costões e beira de praia. A liberação foi possível após dois resultados consecutivos comprovarem que os moluscos estão aptos para o consumo
Seguem interditadas, devido a presença de toxina diarréiaca, as áreas da Praia do Pontal, Praia do Cedro, Enseada do Brito, Maciambú e Barra do Aririú, em Palhoça; e da Ponta de Baixo em São José. Nessas áreas está proibida a retirada e comercialização de ostras e mexilhões e seus produtos, inclusive nos costões e beira de praia.
A interdição é necessária quando é detectada uma concentração de ficotoxina Ácido Okadaico acima dos limites permitidos nos cultivos de moluscos bivalves. Quando consumida por seres humanos, essa substância pode ocasionar náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia.
A Cidasc intensificou as coletas para monitoramento das áreas de produção de moluscos interditadas e arredores. Os resultados dessas análises definirão a liberação ou a manutenção da interdição. Os locais de produção interditados serão liberados após dois resultados consecutivos demonstrando que os moluscos estão aptos para o consumo.
Liberação parcial
Estão parcialmente interditadas as áreas de Barro Vermelho, Costeira do Ribeirão e Freguesia do Ribeirão, no município de Florianópolis; e de Perequê, Ilha João da Cunha e Araçá, em Porto Belo . Nessas localidades está autorizada a retirada e comercialização apenas de ostras.
As ostras foram liberadas a partir de dois resultados negativos consecutivos para presença de toxina diarréica. O gerente de Pesca e Aquicultura da Secretaria da Agricultura, Sérgio Winckler, explica que ostras e mexilhões se comportam de formas diferentes diante da concentrações de algas tóxicas, por isso, a desinterdição é parcial. “Existem diferenças nos sistemas de filtração dos moluscos. A ostra concentra menos toxinas, por isso, foi possível a sua liberação antes dos mexilhões”.
Ainda permanece proibida a retirada e comercialização de mexilhões, berbigões e vieiras e seus produtos, inclusive nos costões e beira de praia dessas áreas.
Monitoramento constante
Santa Catarina é o único estado do país que realiza o monitoramento permanente das áreas de cultivo. O Programa Estadual de Controle Higiênico Sanitário de Moluscos é um dos procedimentos de gestão e controle sanitário da cadeia produtiva, permitindo maior segurança para os produtores e consumidores.
Da redação