Brasil inicia transição para a TV 3.0
O Brasil se prepara para um salto tecnológico no setor de radiodifusão. A TV 3.0, considerada a nova geração da televisão aberta, gratuita e integrada à internet, terá suas primeiras transmissões em 2026, começando pelas capitais. A novidade promete unir alta qualidade de imagem e som, interatividade e acesso a serviços digitais, aproximando a TV tradicional da experiência de plataformas de streaming.
Um dos pontos centrais do novo modelo é a manutenção da gratuidade, característica histórica da TV aberta no país. De acordo com o Ministério das Comunicações, a integração entre televisão e internet permitirá que o cidadão acesse conteúdos e serviços públicos diretamente pela tela da TV, sem custos adicionais. Atualmente, o Brasil conta com cerca de 80 milhões de domicílios com televisão e mais de 75 milhões com acesso à internet.
Impactos sociais e econômicos
Além de modernizar o sistema, a implantação da TV 3.0 deve movimentar a economia. O governo projeta geração de empregos, fortalecimento da indústria criativa e novas oportunidades de negócio para o setor de radiodifusão. A política pública recebeu investimento inicial de R$ 7,5 milhões e prevê cobertura nacional em até 15 anos.
Segundo o ministro das Comunicações, a mudança representa um passo importante para consolidar o Brasil como protagonista na tecnologia de radiodifusão. O avanço também reforça a soberania digital e cria um ambiente favorável para inovação e competitividade no setor.
Tecnologia e acessibilidade
A TV 3.0 será baseada no padrão internacional ATSC 3.0, considerado um dos mais avançados do mundo. Entre os recursos, estão transmissão em 4K e 8K, som imersivo, legendas configuráveis, audiodescrição, gerador automático de Libras e até intérprete de língua de sinais em tempo real. A proposta é tornar a experiência televisiva mais inclusiva, personalizada e acessível para milhões de brasileiros.
Participação social e serviços digitais
Outro diferencial será o acesso direto a serviços públicos digitais. O sistema contará com a Plataforma Comum de Comunicação Pública e Governo Digital, permitindo que o cidadão utilize serviços do gov.br pelo próprio televisor. Além disso, emissoras públicas terão presença garantida no catálogo inicial da TV 3.0, como TV Brasil, TV Câmara, TV Senado e TV Justiça.
Entidades representativas do setor destacaram que a TV 3.0 simboliza um novo capítulo na história da comunicação no país. Para a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), a mudança inaugura um ecossistema inovador, capaz de gerar receitas inéditas e aproximar ainda mais a TV aberta da economia digital.
Já para a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (ABRATEL), a novidade reafirma a credibilidade e a confiança construídas pela televisão aberta brasileira ao longo de 75 anos, mantendo seu caráter gratuito e acessível a toda a população.
Caminho até a implantação
A fase preparatória será concluída em 2025, para que as primeiras transmissões aconteçam no ano seguinte. O cronograma prevê expansão gradual até alcançar todo o território nacional, em processo que pode se estender por até 15 anos.
O projeto é resultado de anos de pesquisa e debates envolvendo governo, universidades, fabricantes e radiodifusores, sob coordenação do Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVD). Para representantes do setor, a chegada da TV 3.0 reafirma o compromisso da radiodifusão com a informação, a cultura e a ética, ao mesmo tempo em que moderniza a experiência televisiva dos brasileiros.
Leia também:
- Deputado alerta para números alarmantes de feminicídios
Da redação
Fonte: Governo Federal
Para receber notícias, clique AQUI e faça parte do Grupo de WHATS do Imagem da Ilha.
Gostou deste conteúdo? Compartilhe utilizando um dos ícones abaixo!
Pode ser no seu Face, Twitter ou WhatsApp!
Para mais notícias, clique AQUI
Outros posts Ver todos
21° | Nublado


