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Arquivo Público de Santa Catarina terá acervo digitalizado

Fotos: Divulgação / SEA

Publicado em 22/02/2020

Cerca de duas milhões de páginas do acervo do Arquivo Público de Santa Catarina se tornarão imortais e poderão ser acessadas com a digitalização dos documentos que ajudam a contar a trajetória do poder público do estado e dos próprios catarinenses.

O projeto “Digitalização, preservação e acesso à informação” realizado em parceria com o Ministério Público conta com a aquisição de um scanner que vai garantir a digitalização de todos os documentos considerados mais raros.

Além das duas milhões de páginas, de um total de seis milhões, serão digitalizados 10 mil fotografias, 2.247 mapas, plantas e croquis e 249 rolos de microfilme.

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Além da compra do equipamento, o projeto elaborado pela equipe técnica do arquivo público prevê a contratação do Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina (Ciasc) para a prestação do serviço de digitalização, preservação do acervo digital e disponibilização dos documentos em formato virtual ao público.

A previsão para o início das digitalizações é maio e o tempo estimado para conclusão do trabalho é 12 meses.

Preservação da história

De acordo com a diretora do Arquivo, Aline Ramos Fernandes, a proposta para digitalização se baseia na necessidade de preservar o patrimônio e a memória histórica do poder público catarinense registrada em documentos manuscritos (seja com tinteiros ou canetas esferográficas), datilografados ou impressos, garantindo a integridade dos registros e o acesso à informação.

“O patrimônio custodiado pelo Arquivo Público é de valor histórico inestimável e corre risco de deterioração, pois por melhor que sejam as ações de conservação e restauração executadas pela equipe técnica, há sempre uma vida útil para os papéis ou documentos físicos”, explicou Aline.

Verba proveniente de condenações por dano ao patrimônio

O plano de trabalho do projeto sofreu adequações com a Reforma Administrativa do Governo do Estado em julho do ano passado, e agora foi reapresentado e aprovado pelo conselho Gestor do Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL), do Ministério Público Estadual. O órgão financia projetos de manutenção ou recuperação de bens patrimoniais, ambientais ou históricos.

Os recursos do FRBL são provenientes de condenações, multas e acordos judiciais e extrajudiciais em face de danos causados à coletividade em áreas como patrimônio histórico, meio ambiente e consumidor.

Da Redação