Mais da metade dos pacientes que procuram emergências poderiam ser atendidos em outras unidades de saúde
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Publicado em 16/07/2019
A falta de conhecimento sobre qual local procurar quando se está doente é um dos motivos que sobrecarrega as emergências dos grandes hospitais de Santa Catarina refletindo em longas filas e demora no atendimento. “Em média de 75% a 85% das pessoas que procuram os hospitais poderiam ser atendidas nos postos de saúde ou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ”, aponta o diretor da Sociedade Brasileira de Clínica Médica Regional Santa Catarina, Carlos Seara Filho, que há mais de 20 anos atua em emergências no Estado.
O médico clínico explica que situações simples como traumas leves, resfriados, tonturas, dores de garganta podem ser atendidos nos postos de saúde. Estas unidades além de receber casos de baixa complexidade, servem para consultas de rotina, acompanhamentos médicos, curativos, prescrição de receitas, retirada de medicamentos e vacinas. “Os pacientes devem procurar os postos dos bairros em que moram ou trabalham. Se houver necessidade de exames ou internações a equipe do posto é responsável em fazer o encaminhamento”, ressalta Seara.
Situações de média a alta complexidade, como dificuldades respiratórias, infecções, febres altas continuas são recebidas nas UPAs que são mais estruturadas que o posto de saúde e tem atendimento 24 horas. A gravidade do paciente determina a agilidade com que será realizado o atendimento.
Seara destaca que os casos de alta complexidade ou que precisam de atendimento imediato é que devem ser encaminhados para o pronto socorro. A unidade tem mais recursos tecnológicos para auxiliar em casos de risco à vida como acidentes graves de trânsito, acidente vascular cerebral (AVC), infartos, convulsões, queimaduras, perda de sentidos, intoxicação alimentar, entre outros.
“Se a população tiver consciência dos locais corretos que deve procurar e essas unidades tiverem estrutura adequada para atendimento, certamente desafogará a superlotação das emergências garantindo um melhor atendimento a quem realmente precisa”, conclui o médico.